O Facebook anunciou nesta quinta-feira (16) o lançamento de um aplicativo para concorrer com o TikTok nas próximas semanas. Segundo fontes familiarizadas com o assunto, e que não estavam autorizadas a falar publicamente, o aplicativo se chamará Instagram Reels e estará disponível nos Estados Unidos e em mais de 50 outros países.
O lançamento global, que está em andamento há mais de um ano, acontece enquanto o TikTok enfrenta um escrutínio de Washington sobre o uso e privacidade de dados dos usuários. Isso ocorre em meio a fortes tensões políticas entre os Estados Unidos e a China.
Como o TikTok, o Instagram Reels permitirá que os usuários gravem e compartilhem vídeos de 15 segundos, baseando-se em um vasto catálogo de músicas. Assim como o aplicativo chinês, os usuários também podem utilizar e editar áudio de vídeos de outras pessoas.
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O Facebook lançou o Reels no Brasil em novembro do ano passado e o expandiu para França e Alemanha em junho deste ano. Ele foi lançado na Índia na semana passada, apenas alguns dias depois que o país baniu o TikTok e mais de 50 outros aplicativos chineses, citando questões de privacidade e segurança.
O Facebook lançará o Reels nos Estados Unidos, Reino Unido, Japão, México e aproximadamente 50 outros países. Os usuários poderão acessar o Reels por meio de um novo ícone na parte inferior do menu do Instagram. Dessa forma, as pessoas também poderão postar o Reels no feed principal do Instagram ou no Instagram Explore para contas públicas.
TikTok pode ser banido dos EUA, diz secretário de Estado
Os EUA estão estudando banir o uso de aplicativos chineses de mídia social, incluindo o TikTok. O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse na última segunda que as empresa têm compartilhado informações com o governo do país asiático.
As alegações do tipo são constantemente negadas pela China. Em entrevista à “Fox News”, Pompeo disse que não queria se antecipar frente do presidente Donald Trump, “mas [o compartilhamento] é algo que estamos vendo”. Recentemente, autoridades estadunidenses levantaram certa preocupação com o uso do TikTok.
Segundo os legisladores, o aplicativo pode representar uma ameaça à segurança nacional com dados dos usuários à disposição da empresa. Leis chinesas exigiriam que companhias como o TikTok “apoiem e cooperem com o trabalho de inteligência controlado pelo Partido Comunista Chinês”.
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O secretário de Estado dos EUA ressaltou que os cidadãos norte-americanos devem ser cautelosos ao utilizar a rede social — a qual é de propriedade da chinesa ByteDance. Quando questionado se recomendaria que as pessoas baixassem o TikTok, Pompeo disse que “somente se você quiser suas informações privadas nas mãos do Partido Comunista Chinês”.
Em nota à agência de notícias “Reuters”, o TikTok afirmou que “não temos prioridade maior do que promover uma experiência segura e segura para nossos usuários. Nós nunca fornecemos dados do usuário ao governo chinês, nem o faríamos se solicitado”.