Facebook pagará US$ 100 milhões aos EUA por práticas ilegais de privacidade

A Comissão de Valores do Estados Unidos (SEC, em inglês) deverá anunciar nesta quarta-feira (24) um acordo com o Facebook que envolve multa de US$100 milhões por práticas ilegais de privacidade.

Além disso, também nesta quarta a Comissão Federal do Comércio (FTC, em inglês) anunciará outro acordo com o Facebook de uma multa de S$ 5 bilhões.

A SEC alega que o Facebook divulgou inadequadamente os riscos envolvendo suas práticas de privacidade. Ademais, a rede social não informou aos seus investidores de que desenvolvedores e outros poderiam ter acesso aos dados de usuários sem permissão, violando as políticas.

Por sua vez, a FTC acusa a empresa de Mark Zuckerberg de má conduta em relação a privacidade dos usuários. No acordo, o Facebook deverá criar uma comitê de privacidade e garantir a proteção de privacidade dos usuários.

As informações foram divulgas e apuradas pelo jornal “The Wall Street Journal”. Conforme o jornal, a SEC e a FTC investigam o Facebook desde o caso com a consultoria britânica Cambridge Analytica.

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Facebook e Cambridge Analytica

Os jornais “The New York Times” e “The Guardian” revelaram ano passado que a Cambridge Analytica obteve ilegalmente dados de aproximadamente 50 milhões de perfis de usuários do Facebook nos EUA.

Essas pessoas tiveram suas informações vazadas por meio de testes de personalidade na rede social. Os dados foram usados para traçar perfis psicológicos detalhados de eleitores dos EUA, na campanha do presidente Donald Trump, e na campanha do Reino Unido a favor do Brexit.

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O mecanismo facilitou entender e oferecer uma propaganda política que tivesse êxito com a população. Além disso, a publicidade foi dissipada na rede social em anúncios patrocinados no feed.

Com as polêmicas envolvendo o nome do Facebook, a sua nova moeda virtual está ameaçada. Órgãos internacionais não confiam na Libra pelo motivo de que a rede social está envolvida com diversas polêmicas.

As autoridade britânicas e as norte-americanas expressaram suas preocupações com a entrada da rede social no mercado financeiro. Em maio deste ano, o Senado dos EUA escreveu ao fundador do Facebook pedindo que respondesse perguntas sobre questões de privacidade e regulamentação financeira.

Poliana Santos

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