Facebook negocia a criação de uma moeda virtual
O Facebook iniciou a negociar com a principal agência regulatória de derivativos financeiros dos EUA. O objetivo da rede social é criar uma moeda digital e entrar no setor de pagamentos.
O presidente da Comissão das Transações de Commodities e Futuros (CTFC, na sigla em inglês), Christopher Giancarlo, confirmou a negociação. Segundo Giancarlo, a agência estaria nos estágios iniciais de um diálogo com o Facebook para avaliar se os planos da criação da criptomoeda se enquadrariam na sua área de atuação.
O Facebook está trabalhando para criar uma nova rede de pagamentos digitais. O objetivo é permitir que os usuários enviem dinheiro uns aos outros e comprem produtos diretamente na rede social, assim como no Instagram e WhatsApp. Ambas apps de propriedade da empresa de Mark Zuckerberg.
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Segundo o jornal norte-americano “Financial Times”, o Facebook estaria planejando criar uma “stablecoin”. Uma moeda digital vinculada a uma moeda oficial. O nome da moeda virtual seria GlobalCoin.
Questão de competência
O Facebook entrou em contato com a CTFC pois essa agência tem a autoridade sobre os mercados de derivativos e futuros. Por isso, o GlobalCoin se enquadraria em sua área de atuação.
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Por exemplo, a maior parte das operações com o bitcoin é realizado nos mercados futuros, e não nos mercados à vista.
Paralelamente, a rede social já entrou em contato com organizações de fiscalizações e bancos centrais a fim de obter orientação em torno da moeda digital. Entretanto, ainda não existe uma regulamentação precisa para as criptomoedas.
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“Estamos muito interessados em compreender melhor a ideia”, afirmou Giancarlo, “Mas só podemos agir quando recebermos uma solicitação, e não temos uma solicitação diante de nós”. Segundo o presidente da CTFC, ainda é cedo demais para dizer se a GlobalCoin se limitaria ao mercado futuro ou à vista. Nesse último caso, a moeda virtual se excluiria da competência da agência.
Caso o GlobalCoin seja lastreado pelo dólar dos Estados Unidos, os mercados futuros de câmbio poderiam remover a necessidade de um derivativo ligado à moeda virtual do Facebook.
Segundo o presidente da CFTC, “isso seria muito inteligente”. Entretanto, para o presidente da agência, ainda há um “risco básico”. Isso por causa do preço de um instrumento e o de seu derivativo, que não se movimentam em exata sincronia.
Risco de lavagem de dinehrio
Além disso, uma das maiores preocupações das autoridades regulatórias sobre o projeto do Facebook é ligado a lavagem de dinheiro. Isso por causa da possibilidade que a criptomoeda seja utilizada para não identificar os clientes.