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Facebook (M1TA34), Amazon (AMZO34): as demissões em massa nas empresas de tecnologia

Mark Zuckerberg

Mark Zuckerberg. Foto: Reprodução/Wikimedia Creative Commons

A indústria de tecnologia liderou as demissões de funcionários em 2022, com mais de 97 mil cortes no setor. O número representa uma avanço de 649% em relação ao registrado em 2021, de 13 mil baixas. As informações são do relatório divulgado na quinta-feira (5) pela empresa de recrutamento Challenger, Gray & Christmas.

Em 2022, as empresas anunciaram planos de cortar 363.824 empregos nos Estados Unidos – um aumento de 13% em relação aos 321.970 cortes projetados no ano anterior. O cenário contempla o segundo menor já registrado desde que a Challenger iniciou suas pesquisas, em 1993, com 2021 sendo o mais baixo.

Big techs refletem cenário desafiador com demissões em massa

Tendo em vista o panorama macroeconômico desafiador, com alta do processo inflacionário e, consequentemente, aperto monetário por parte dos bancos centrais ao redor do mundo, nem as maiores empresas conseguiram fugir.

As big techs, como são chamadas as gigantes de tecnologia, aderiram às demissões de funcionários em 2022 como forma de lidar com a crise.

Na última semana, o presidente-executivo da Amazon (AMZO34), Andy Jassy, anunciou que a onda de demissões deve atingir mais de 18 mil funcionários. A demissão em massa, que representa um corte de 6% do corpo de pessoal da big tech, é a maior da história da empresa dentre os anúncios recentes de companhias de tecnologia.

Segundo o Wall Street Journal, as demissões na Amazon também ficam acima do esperado por analistas de mercado e pelos rumores que circularam na imprensa nos últimos meses. Em meados de novembro do ano passado, o jornal New York Times reportou que os planos da companhia eram de cortar 10 mil empregos.

Jassy informou que o plano de demissões têm como objetivo “priorizar o que é mais importante para os clientes e a saúde a longo prazo dos nossos negócios”. A Amazon é atualmente a segunda maior empregadora dos Estados Unidos, ficando atrás apenas do Walmart (WALM34), que emprega 2,3 milhões de pessoas, contra 1,5 milhão da varejista.

Da mesma forma, a Meta (M1TA34), dona do Facebook, anunciou no início de novembro a demissão de 13% de seus funcionários – cerca de 11 mil pessoas. A big tech decidiu cortar gastos discricionários e estender o congelamento de contratações ao longo de todo o primeiro trimestre de 2023, em esforços de tornar a empresa “mais eficiente”, segundo o CEO Mark Zuckerberg.

Segundo o executivo, a receita bem abaixo do esperado no terceiro trimestre do ano foi um dos pretextos para a decisão. No período, o lucro líquido da big tech caiu abaixo da metade em comparação com o mesmo trimestre de 2021, enquanto a receita teve redução de 4%.

Mercado de trabalho brasileiro também apresenta dificuldades

Algumas das maiores empresas no Brasil também optam por demissões para conter gastos, diante do avanço da inflação e dos juros em alta por tempo indeterminado.

A 99, de transporte por aplicativo, demitiu ao menos 77 pessoas de diversas áreas, segundo informações do jornal A Folha de São Paulo. 

A empresa não confirmou o número exato, mas disse que o movimento faz parte de um processo de reestruturação para ampliar o foco em serviços financeiros e de entregas.

Em 2022, empresas do setor de tecnologia, como QuintoAndar, Ebanx e Loft também cortaram números consideráveis de funcionários.

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