O Facebook (NASDAQ: FB) levou a União Europeia ao tribunal por invadir a privacidade de seus funcionários, segundo duas pessoas com conhecimento direto do assunto. As informações foram divulgadas pelo jornal “Financial Times” nesta segunda-feira (27).
A UE está investigando como o Facebook coleta e lucra com dados de usuários. Além disso, a corte procura entender se seus negócios no Marketplace têm uma vantagem injusta sobre seus rivais na publicidade da plataforma.
Durante a investigação, a empresa de mídia social alega que os reguladores da UE fizeram perguntas desnecessárias e irrelevantes para as duas investigações antitruste em andamento, e solicitou a intervenção do Tribunal Geral de Luxemburgo.
Desde março, o Facebook fornece à Comissão Europeia, o órgão executivo da UE, 1,7 milhão de páginas de documentos, incluindo e-mails internos, em resposta a vários pedidos de informações sobre a empresa. Recentemente, a autoridade também pediu que tivessem acesso a todos os documentos que contassem com certas palavras ou frases-chave.
No entanto, em seu apelo ao tribunal, a empresa de mídia social argumentou que esses termos eram muito amplos e capturariam informações privadas de seus funcionários. Tim Lamb, diretor e conselheiro geral do Facebook, disse: “Estamos cooperando com a Comissão e esperamos fornecer a eles centenas de milhares de documentos”.
“A natureza excepcionalmente ampla dos pedidos da Comissão significa que deveríamos entregar documentos predominantemente irrelevantes que nada têm a ver com as investigações da Comissão, incluindo informações pessoais altamente sensíveis, como informações médicas dos funcionários, documentos financeiros pessoais e informações privadas sobre familiares de funcionários. Acreditamos que esses pedidos devem ser analisados pelos tribunais da UE.”, concluiu Lamb.
Os EUA considera intimar executivos do Facebook a depor
A Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) dos EUA informou na última sexta-feira (17), que está considerando intimar os principais executivos do Facebook (NASDAQ: FB) a depor. O CEO Mark Zuckerberg, e a diretora de operações, Sheryl Sandberg, foram convidados a fazer um depoimento como parte da investigação sobre as práticas monopolistas ilegais da rede social.
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Os executivos de alto escalão do Facebook estão se preparando para possíveis depoimentos futuros, porém no momento, a empresa está planejando a aparição de Zuckerberg, agendada para 27 de julho, no Subcomitê Judiciário Antitruste da Câmara. Nesse depoimento, ele e outros executivos das gigantes de tecnologia norte-americanas devem ser interrogados pelos legisladores por questões relacionadas às suas práticas de negócio.