O Facebook (FBOK34) informou nesta sexta-feira (4) que a conta do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ficará suspensa por pelo menos dois anos, até 7 de janeiro de 2023.
A proibição foi uma revisão de uma suspensão anterior por tempo indeterminado da plataforma. Trump foi banido após ter incitado seus apoiadores durante a invasão do Capitólio, no dia 6 de janeiro, e terá seu retorno condicionado à redução do risco à segurança pública, conforme informou o Facebook.
“Dada a gravidade das circunstâncias que levaram à suspensão de Trump, acreditamos que suas ações constituíram uma violação grave de nossas regras que merecem a maior penalidade disponível sob os novos protocolos de aplicação”, informou a empresa na sexta-feira.
A decisão veio como parte de um anúncio detalhando de mudanças mais amplas nas políticas da empresa sobre a moderação do discurso de figuras públicas influentes.
Diante disso, a rede social seguirá atenta às postagens de políticos e se estas seguem as regras da plataforma. A mudança acende o alerta para outros líderes mundiais que também são com frequência alvo de escrutínio por seus comportamentos virtuais.
Facebook e Twitter perdem US$ 51 bi em valor de mercado após banimento de Trump
Em janeiro, o Twitter (NYSE: TWTR) e o Facebook (NASDAQ: FB) suspenderam a conta de Trump, após o mandatário incitar atos violentos que culminaram na invasão do Capitólio. Aclamada por uns e criticada por outros, fato é que a decisão das empresas de rede social levou ao desaparecimento de US$ 51,2 bilhões (o equivalente a R$ 271,87 bilhões) em valor de mercado das gigantes combinado nos dois pregões uma semana seguinte ao anúncio.
Depois dos eventos que sucederam, companhias responderam à retórica do presidente norte-americano, seja repudiando publicamente ou interrompendo negócios junto ao grupo empresarial de Donald Trump. Mas talvez o maior passo tenha sido dado pelo Facebook e pelo Twitter, que baniram o republicano de suas plataformas, meios importantes para a estratégia de comunicação do mandatário.
Além do Facebook e Twitter, o YouTube, plataforma de vídeos do Google (NASDAQ: GOOGL), também anunciou a suspensão do canal do presidente dos Estados Unidos por violar as políticas de incitação à violência.