Facebook prepara medidas emergenciais para eleição dos EUA
O Facebook (NASDAQ: FB) está se preparando medidas emergenciais para eventuais conflitos eleitorais nos Estados Unidos. O aplicativo deverá inserir ferramentas internas que desaceleram a disseminação de conteúdo com mensagens de ofensas.
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De acordo com fontes ouvidas pelo jornal “The Wall Street Journal”, as medidas fazem parte de um pacote de emergência usada em países de “risco”, como Sri Lanka e Mianmar, desenvolvido pelo Facebook. As ferramentas são usadas em circunstâncias críticas como violência relacionada a eleições.
Dentre as medidas do pacote estão a possível desaceleração generalizada da disseminação de postagens conforme elas se tornem virais, além de ajustes no feed de notícias para mudar os tipos de conteúdo que os usuários veem. O Facebook também reduzirá o limite de publicações para detectar os tipos de conteúdo que seu software considera perigoso.
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Segundo as fontes, essas ferramentas podem alterar o que dezenas de milhões de norte-americanos veem em seus feeds, diminuindo sua exposição ao sensacionalismo, incitação à violência e desinformação.
“Aplicamos lições de eleições anteriores, contratamos especialistas e construímos novas equipes com experiência em diferente áreas para nos preparamos para vários cenários”, disse o porta-voz do Facebook, Andy Stone.
De acordo com as fontes, a rede social faz alterações regularmente em seus algoritmos para aumentar o engajamento e penalizar os malfeitores, essas mudanças raramente são anunciadas, a menos que a empresa considere que elas são de interesse público.
No inicio deste mês o Facebook recebeu críticas do presidente dos EUA, Donald Trump, e de republicanos, após desacelerar a disseminação de artigos do “New York Post”, relacionados ao filho do candidato à presidência Joe Biden, Hunter Biden. Em resposta, a rede social disse que a ação estava de acordo com as regras anunciadas ano passado para evitar interferências nas eleições.
Entretanto, a empresa recebe críticas de ambos os partidos políticos, os democratas reclamaram que o Facebook não fez o suficiente para evitar a disseminação de informações incorretas.
Facebook suspenderá toda publicidade política após eleições
No inicio deste mês o Facebook informou que suspenderá indefinidamente toda a publicidade relacionada a questões políticas e sociais após a conclusão da votação nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, que ocorrerá em 3 de novembro. Essa é a última medida da gigante das redes sociais que vem sendo pressionada pelo combate às fake news desde as eleições de 2016.
A medida é somada à informação revelada pelo CEO do Facebook, Mark Zuckerberg em setembro. Ele disse que a empresa iria barrar novos anúncios políticos na semana que antecede as eleições. O executivo disse que temia um risco maior de convulsão civil dada a polarização política no país.
Recentemente, a companhia disse que não esperava realizar mudanças adicionais em suas políticas eleitorais. Entretanto, pelo acirramento da corrida presidencial nas últimas semanas, o Facebook mudou sua postura com o intuito de evitar maior intimidamento dos eleitores.