O Facebook removeu cerca de 9,6 milhões de mensagens que faziam referência a discurso de ódio, no primeiro trimestre de 2020, enquanto no último semestre de 2019, o número ficou em 5,7 milhões. A informação foi divulgada nessa terça-feira (12) através do relatório de aplicação de padrões da comunidade, que a companhia divulga periodicamente.
O relatório indicou que o aumento nos números, foi influenciado pelas melhorias feitas na tecnologia que o Facebook usa para identificar automaticamente textos e imagens que violem suas diretrizes. A empresa também salientou que está usando inteligência artificial para reconhecer publicações que violem as normas da comunidade, antes que outros usuário a vejam.
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Em relação as melhorias, o documento afirmou que “agora, podemos detectar o texto incorporado nas imagens e vídeos, a fim de entender seu contexto completo, e criamos uma tecnologia de correspondência de mídia para encontrar conteúdo idêntico ou quase idêntico às fotos, vídeos, texto e até áudio que já removemos”.
“Expandimos nossa tecnologia de detecção proativa para discursos de ódio em novos idiomas, além de fazer melhorias em nossa tecnologia de detecção de inglês”, completou.
Além disso, a companhia removeu cerca de 4,7 milhões de postagens relacionadas a organizações de ódio organizadas no próprio Facebook, durante o os meses de janeiro e março de 2020. No último trimestre de 2019, esse número ficou em 1,6 milhões.
Em relação ao Instagram, 805,9 mil publicações fazendo referencia a discurso de ódio foram removidas no primeiro trimestre de 2020, frente a 843,6 mil no quarto trimestre de 2019 .
“Nos últimos trimestres, nos concentramos em melhorar nossa tecnologia de detecção proativa para identificar texto em fotos e vídeos, e nossa taxa proativa aumentou de 43,1% no quarto trimestre de 2019 a 44,3% no primeiro trimestre de 2020”, informou a companhia.
Facebook não permite discurso de ódio
No comunicado, a maior empresa de mídia social do mundo declarou que não permite discuso de ódio em suas plataformas. Ademais, se enquadram nesse tipo de manifestação:
- Discurso violento ou desumanizante;
- Declarações de inferioridade;
- Pedidos de exclusão ou segregação com base em características protegidas;
- Insultos.
Entretanto, o comunicado reforçou que “quando a intenção é clara, podemos permitir que as pessoas compartilhem o conteúdo do discurso de ódio de outra pessoa para aumentar a conscientização ou discutir se o discurso é apropriado para usar, usar insultos auto-referencialmente em um esforço para recuperar o termo, ou por outros motivos semelhantes”.
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Além disso, a empresa concede às pessoas, a opção de recorrer as decisões tomadas, “exceto em casos com extrema preocupação com a segurança. Restauramos o conteúdo que removemos incorretamente ou quando as circunstâncias mudam, tanto quando é apelado quanto quando identificamos problemas”, declarou em nota.
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Por fim o documento deixou claro que o Facebook e o Instagram compartilham políticas, o que significa que, se o conteúdo ou o comportamento for considerado inadequado em uma das redes, ele também será na outra.