Em uma semana que o Ibovespa ficou praticamente de lado, na casa dos 122 mil pontos, as construtoras Eztec (EZTC3) e Cyrela (CYRE3) lideraram as perdas. As construtoras encontraram um investidor mais negativo com o cenário macroeconômico, mudanças de recomendação do Credit Suisse e uma inflação que pressiona os custos das companhias.
Fecham a lista das principais quedas da semana a B2W (BTOW3), que só registrou dois pregões no positivo em maio e acumula perdas de 17% no mês, a Sulamérica (SULA11) e a Lojas Americanas (LAME4). Veja a queda dos ativos:
- Eztec caiu 8,44%
- Cyrela caiu 7,46%
- B2W caiu 5,58%
- Sulamerica caiu 5,08%
- Lojas Americanas caiu 5,04%
Eztec e Cyrela lideram baixas do Ibovespa na semana
A construtora recuou quase 8% na semana com investidores pesando a mão sobre as construtoras em um cenário incerto com a alta da inflação, que pressiona os custos das empresas. Sinalizando um ajuste setorial, a Eztec foi acompanhada no tombo por suas concorrentes.
A Cury (CURY3), fora do Ibovespa, afundou 7,47%, praticamente o mesmo nível de perda da Cyrela. A Tenda (TEND3) perdeu 6,4%, enquanto Mitre (MTRE3), Gafisa, Lavvi (LAVV3), Direcional (DIRR3), MRV (MRVE3) e Helbor (HBOR3) ficaram entre -2,8% e 5,2%.
Pesou também a reavaliação do Credit Suisse, que mudou a recomendação de diversas companhias de “outperform” para “neutro”. Cyrela e Moura Dubeux (MDNE3) foram mantidas no patamar mais alto de recomendação. O banco avaliou que o ambiente macroeconômico do país, com alta de juros e uma provável queda na demanda em um momento de grandes lançamentos, deixa o cenário complicado para as empresas, que já enfrentam um aumento no custo dos produtos da construção civil.
B2W e Lojas Americanas na mínima de 2021
O ânimo dos investidores com a fusão das operações da B2W e as Lojas Americanas foi se dissipando com a realidade competitiva do e-commerce apertando as margens em um cenário de expectativa de reabertura e alta de juros e inflação.
A B2W, que chegou a superar os R$ 90, no início de fevereiro foi desidratando nas semanas seguintes e encerrou o pregão de ontem aos R$ 56,00, perda de 38% de valor sobre o topo. Em maio, a empresa contabiliza 13 pregões no negativo e apenas 2 no verde. A perda de 5,6% na semana, contribuiu para os 17% de recuo no mês.
A Lojas Americanas fechou ontem na mínima de 2021, aos R$ 18,46. Quando comparado à máxima do ano de R$ 28,95 em 22 de fevereiro, o tombo é de 36%.
Sulamérica cede 5%
Sem grandes novidades no radar, a Sulamérica vem sofrendo na mão dos investidores e perdeu 5% de segunda-feira a sexta-feira, na segunda semana consecutiva de perdas.
O papel fechou a R$ 31,55, no menor patamar desde meados de março.
O Ibovespa encerrou a semana aos 122.592 pontos, alta de 0,58%.