Exxon Mobil (EXXO34) desiste de buscar por petróleo no Brasil após ficar ‘de mãos vazias’

Após um fracasso na sua busca por petróleo no Brasil, a Exxon Mobil (EXXO34) deixará de perfurar no país.

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Por três vezes, sem sucesso, a companhia americana tentou encontrar volumes de petróleo que fossem comercialmente viáveis nas águas profundas do Brasil. Fontes disseram à Dow Jones Newswires que a Exxon desembolsou uma cifra de US$ 4 bilhões na busca, que se iniciou em meados de 2017.

A notícia vem logo após a empresa reportar uma queda de 25% no lucro operacional do primeiro trimestre em relação a igual período do ano anterior. O primeiro trimestre de 2022, vale destacar, teve números recordes para a companhia, que agora enfrenta redução dos preços do petróleo e do gás.

Com isso, a empresa transferiu geólogos e engenheiros que haviam trabalhado na campanha de perfuração por anos de seus escritórios no Rio de Janeiro para outros países, incluindo Guiana, Angola e Canadá.

Apesar disso, a companhia não descarta eventuais projetos futuros no Brasil. Michelle Gray, porta-voz da petroleira, disse ao Wall Street Journal que a empresa ainda está envolvida no Brasil e continua a buscar atividades de exploração no país

Vale lembrar que a Exxon possui uma participação minoritária em um projeto offshore no Brasil liderado pela Equinor, chamado Bacalhau, que está avançando.

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Ambas as empresas autorizaram a primeira fase do projeto em meados 2021 e esperam que ele comece a operar em 2025, produzindo cerca de 220 mil barris ao dia.

A Exxon também já comunicou que planeja gastar a maior parte do seu orçamento anual de investimentos – uma cifra de US$ 25 bilhões – com foco no Hemisfério Ocidental, o que reflete a prioridade da companhia em dar retorno aos acionistas e cortar projetos de perfuração considerados caros.

Desempenho da Exxon

No acumulado dos últimos cinco dias as ações da Exxon subiram quase 5% na Bolsa de Nova York (NYSE), a US$ 114. No ano, os papéis acumulam alta de 7,4%.

O BDR da Exxon acompanha o desempenho, mas deixa a performance no vermelho em janelas mais longas devido ao carrego do dólar, com 4,2% de alta nos últimos cinco dias mas 0,5% de queda no acumulado de 2023.

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Eduardo Vargas

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