Exxon e Chevron estudam fusão, diz jornal; ações avançam no pre-makert

A Exxon Mobil (NYSE: XOM) e a Chevron (NYSE: CVX) discutiram, no ano passado, a possibilidade de uma combinação de negócios. A conversa entre os CEOs das maiores petrolíferas dos Estados Unidos aconteceu em meio à crise do petróleo em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). As informações foram reveladas pelo jornal The Wall Street Journal no último domingo (31).

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Atualmente, o valor de mercado da Exxon é de US$ 189 milhões, ao passo que a Chevron vale US$ 164 bilhões — a fusão criaria uma gigante de US$ 353 bilhões. A empresa se tornaria a segunda maior petroleira do planeta, somente atrás da saudita Saudi Aramco, com a capacidade de produção de 7 milhões de barris de óleo por dia.

Segundo o jornal, as conversas não estão formalmente em andamento, “mas podem voltar no futuro”. Nesta segunda, as ações das empresas operam em alta no pre-market. Por volta das 8h30, os papéis da Exxon avançam 1,72%, enquanto da Chevron sobem 1,62%.

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Conforme reportou o jornal, contudo, o negócio poderia enfrentar grandes desafios regulatórios sobre o governo de Joe Biden.

O recém eleito presidente norte-americano tem uma ampla agenda “verde”, deixando claro que acredita que a mudança climática é uma das maiores crises que a maior potência econômica do mundo enfrenta. Durante a campanha eleitoral, o democrata chegou a dizer que moveria a “transição [energética] para longe da indústria petrolífera”.

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As empresas perderam a oportunidade de fechar negócio ainda sob o mandato de Donald Trump, que se mostrava mais amigável ao setor. Em 2020, a própria Chevron chegou a comprar a Noble Energy por US$ 5 bilhões sem maiores problemas antitruste e de regulação.

Negócio entre Exxon e Chevron pode remodelar o segmento petrolífero

Ainda segundo o The Wall Street Journal, o acordo, que reuniria os dois maiores descendentes do monopólio da Standard Oil, de John D. Rockefeller, separado por órgãos reguladores norte-americanos em 1911, “remodelaria a indústria do petróleo”.

Vale lembrar que as companhias já passaram por fusões similares anteriormente. Na década de 1990 até o início dos anos 2000, a Exxon se junto à Mobil, enquanto a Chevron reuniu seus esforços com a Texaco.

Além de tudo, as empresas procuram retomar a criação de valor aos acionistas. Há sete anos, a Exxon era a maior empresa dos Estados Unidos, com market cap de US$ 400 bilhões. No entanto, uma série de estratégias equivocadas deu espaço às empresas de tecnologia, a “nova economia”, como Apple, Google e Microsoft.

Em 2020, os papéis da Exxon caíram quase 29%, enquanto as da Chevron recuaram aproximadamente 20%, mesmo com o preço do petróleo tendo apresentado forte recuperação nos últimos meses.

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Jader Lazarini

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