IPCA-15 deve desacelerar em novembro, mas ser o maior desde 2002; veja as expectativas
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) deve registrar desaceleração ante o mês anterior e saltar 1,14% em novembro, de acordo com a mediana de projeções compiladas pelo Broadcast. O dado será divulgado às 9h desta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado, entre o piso de 0,86% e teto de 1,23%, marcaria o maior avanço do IPCA-15 para o mês desde 2002. A inflação em 12 meses acumularia alta de 10,70%, contra 10,34% em outubro.
A expectativa do BTG Pactual (BPAC11) é de que o indicador chegue a 1,15% na comparação mês a mês, desacelerando ligeiramente menos do que a previsão da mediana.
Em relatório, o banco explicou que o número mais contido deve ser puxado pelos preços de eletricidade, embora os valores superiores dos combustíveis deva compensar em grande parte o impacto.
A instituição financeira prevê um novo salto negativo, com números maiores para os setores de serviços e bens industriais, mantendo a pressão sobre as medidas básicas.
A Ativa Investimentos, por outro lado, não acredita em um arrefecimento da prévia da inflação e projeta um resultado em estabilidade, de 1,20%.
A estimativa do economista-chefe da casa, Étore Sanchez, leva em conta o efeito positivo do grupo de transportes, com a gasolina e o etanol entre os potenciais protagonistas. Apesar disso, conta com um recuo em passagens aéreas
A dinâmica dos núcleos do IPCA-15 em novembro deverá permanecer ascendente, de acordo com a corretora. A média deverá atingir 7,1%, vindo de 6,8%, enquanto a potencial desaceleração dos núcleos deverá começar apenas no início do ano que vem. Atualmente a Ativa prevê alta de 1,17% para o IPCA fechado de dezembro e aumento de 10,2% em 2021. No próximo ano, a casa projeta elevação de 4,5%.
IPCA-15 acelera 1,2% em outubro
No mês passado, o IPCA-15 acelerou a alta e registrou uma nova máxima para o mês dentro da série histórica. Foi o maior registro desde 1995, quando atingiu 1,34%, e o maior registro mensal geral desde fevereiro de 2016 (1,42%).