O Ministério da Economia elevou sua expectativa para a inflação medida pelo IPCA em 2020 e atenuou a visão de queda do Produto Interno Bruto (PIB). A previsão de alta do IPCA passou de 1,83% para 3,13%. De acordo com a instituição, o principal responsável pela elevação da projeção permanece o preço de alimentos.
“Contudo, o comportamento das demais categorias de produtos continua contribuindo de forma a manter a variação do índice geral dentro do intervalo de tolerância da meta”, destacou o ministério.
Segundo o órgão, as medidas tomadas pelo Governo Federal em conjunto com o Congresso Nacional continuam relevantes para mitigar os efeitos negativos sobre a economia brasileira. No entanto, destacou que a retomada do crescimento sustentável da economia ocorrerá com a elevação da produtividade por meio das reformas estruturais e do processo de consolidação fiscal.
Além disso, a inflação projetada para o IGP-DI em 2020 subiu de 13,02% para 20,98% em 2020.
Inflação em alta, PIB em queda
Enquanto a previsão para inflação se agravou, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano melhorou, saindo de retração de 4,7% para queda de 4,5%. A queda ainda reflete a forte deterioração causada pela pandemia.
Segundo o ministério, a melhora na projeção de PIB se deveu aos resultados positivos dos principais indicadores mensais do IBGE, com destaque para a indústria e o varejo ampliado, que recuperaram os níveis do começo do ano.
A instituição mencionou também o desempenho esperado para a agricultura, que deverá atingir safra recorde, crescendo 4,4% em relação ao ano de 2019.
Para o próximo ano, espera-se que o crescimento do PIB seja de 3,2%, mesmo valor divulgado no último boletim. Para 2022-24, a projeção de aumento da atividade se manteve em 2,5%.
No último relatório Focus, os analistas consultados pelo Banco Central estimaram que o PIB cairá 4,66% em 2020. Ao mesmo tempo. previram que a inflação (IPCA) deve subir 3,25% em 2020 e 3,22% em 2021.