Exército da China aprova vacina contra coronavírus para uso próprio

Nesta segunda-feira (29), a empresa chinesa de biotecnologia CanSino Biologics anunciou que o governo chinês autorizou os soldados das Forças Armadas da China a utilizarem o Ad5-nCoV, um dos principais candidatos a vacina contra o coronavírus (covid-19).

Dessa forma, o exército chinês estará entre os primeiros a receber injeções de um dos principais candidatos a vacina para o tratamento do covid-19 na China.

Em um comunicado à bolsa de valores de Hong Kong, o presidente da CanSino Biologics, Yu Xuefeng, informou que os ensaios clínicos da Fase I e Fase II do candidato a vacina demonstraram um “bom perfil de segurança” e altos níveis de resposta imune em pacientes.

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No entanto, Xuefeng alertou que os ensaios mostram apenas que a vacina tem o potencial de impedir o covid-19 e que a aprovação da vacina pelos militares não garante que ela será autorizada para uso comercial mais amplo no futuro.

A corrida global pela vacina do coronavírus

O Ad5-nCoV da CanSino é há muito tempo o principal candidato a vacina contra o coronavírus da China, depois de se tornar o primeiro no mundo a iniciar testes clínicos em 16 de março. A empresa conduziu os testes de Fase I e II em Wuhan, e publicou os resultados dos ensaios na revista médica The Lancet.

Atualmente, existem dois outros projetos de vacinas para o covid-19 sendo criados na China:

  • um desenvolvido pelo Instituto Estatal de Produtos Biológicos, em Wuhan;
  • outro está sendo desenvolvido pela empresa de biotecnologia Sinovac, com sede em Pequim;

Ambos iniciaram os testes em humanos no início deste ano, tornando-os alguns dos candidatos mais promissores do mundo.

Veja também: Coronavírus: Grupo chinês diz que vacina testada em humanos mostrou resultados positivos

No domingo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que 17 vacinas candidatas ao covid-19 estavam em avaliação clínica, e outras 131 em estágios pré-clínicos. A comunidade científica global está trabalhando em uma velocidade sem precedentes para combater o coronavírus.

Daniel Guimarães

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