Pesquisa realizada pela Robert Half, em parceria com a Fundação Dom Cabral, revela que 54% dos executivos C-Level não estão plenamente seguros com a liderança. O levantamento contou com a participação de 300 executivos C-Level, igualmente distribuídos entre CIOs, CFOs e General Managers (GMs), entrevistados entre março e abril de 2021.
“O cenário instável que estamos vivendo naturalmente provoca a reflexão sobre o quão preparados estão os líderes para lidar com os desafios e estratégias de negócios da companhia. Neste momento, é fundamental que executivos do alto escalão repensem se contam, de fato, com os recursos adequados para atingir as metas de curto, médio e longo prazo, além de ter a clareza do perfil de liderança que desejam contratar, seja para expansão do negócio ou substituição de profissionais”, diz Mário Custódio, Diretor da área de Executive Search da Robert Half.
De acordo com a pesquisa, as empresas de grande porte e de capital aberto são as mais seguras, com 58% dos executivos demonstrando alta confiança em seus times de liderança. Por outro lado, as companhias de pequeno porte indicam mais confiança no curto-prazo, porém insegurança em relação ao longo (40%).
É possível observar que os níveis de confiança são, de forma geral, similares para os diferentes públicos C-level, sendo que os GMs representam o grupo mais confiante, e os CFOs, o mais inseguro.
Veja o resultado da pesquisa de confiança dos executivos
De acordo com o professor de gestão estratégica e diretor do Centro de Liderança da FDC, Paul Ferreira, analisa que os gerentes normais tendem a ser mais confiantes do que outros executivos de alto escalão.
“Estamos desbravando uma nova economia, com novas formas de trabalho e consumo, sendo fundamental a redefinição de estratégias de atração e retenção de talentos que sejam mais adequadas a este novo contexto. Como já observado em outras situações, os gerentes gerais tendem a ser mais confiantes do que outros executivos do alto escalão que têm um olhar mais operacional dos desafios, como os CFOs”, analisa Ferreira.
Confira a pesquisa:
Pouco ou nada confiante:
- 28% – CIOs
- 25% – CFOs
- 25% – GMs
Confiante no curto-prazo, porém inseguro no longo:
- 27% – CIOs
- 37% – CFOs
- 19% – GMs
Muito confiante:
- 45% – CIOs
- 37% – CFOs
- 56% – GMs
“Essa divergência exige um olhar mais atento sobre o alinhamento interno com os executivos e a identificação clara das áreas problemáticas para garantir que os recursos tenham o máximo impacto nos resultados de negócios”, completa.