Ex-gerente da corretora de criptomoedas Coinbase é preso por insider trading

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) prendeu na última quinta-feira (21) Ishan Wahi, ex-gerente de produto da corretora de criptomoedas Coinbase, acusado de fraude eletrônica e insider trading.

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O irmão do ex-gerente, Nikhil Wahi, e um terceiro acusado, chamado Sameer Ramani, também foram presos, nos EUA.

O departamento americano informou à imprensa que Ishan Wahi havia antecipado ao irmão e Ramani informações da Coinbase sobre quais criptoativos seriam listados antes da abertura de negociações ao público.

O mercado apelidou de “efeito Coinbase” a movimentação de alta no preço após a listagem de criptomoedas na corretora. O ex-gerente da empresa teria se aproveitado do fenômeno para lucrar com informações privilegiadas, sabendo que iriam valorizar.

A SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) acusou os três homens com base nas mesmas alegações de uso de informações privilegiadas.

Em nota, Damian Williams, procurador federal dos Estados Unidos, disse que este foi o segundo caso de insider trading em criptomoedas descoberto pelo Departamento de Justiça.

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Ishan Wahi teria repassado informações sobre pelo menos 14 diferentes listagens na Coinbase. O DOJ afirma que os acusados utilizaram carteiras Ethereum anônimas e contas da exchange em nomes de laranjas para comprar pelo menos 25 criptomoedas diferentes e faturar até US$ 1,5 milhão. A SEC coloca o valor próximo de US$ 1,1 milhão.

As criptomoedas negociadas incluem TRIBE, ALCX, XYO, GALA, ENS e POWR, entre outras, de acordo com a nota.

Apesar de ter sido preso apenas ontem, o ex-funcionário da Coinbase estava no radar da polícia havia meses. Ele foi impedido de embarcar em um avião para a Índia em maio.

A própria Coinbase não está envolvida no processo. De acordo com as autoridades, a exchange também estava investigando por si própria supostas práticas de insider trading.

Criptomoedas: Celsius Network deve US$ 4,7 bilhões a clientes

A Celsius Network, companhia que realiza empréstimos de criptomoedas, tem um rombo de aproximadamente US$ 1,2 bilhão em seu balanço patrimonial.

De acordo com acordo com documento divulgado na última quinta-feira (14) pelo presidente executivo Alex Mashinsky, a maioria de seus passivos são devidos a credores de criptomoedas.

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Do total de passivos de US$ 5,5 bilhões da Celsius, mais de US$ 4,7 bilhões são devidos aos clientes, conforme a declaração que Mashinsky apresentou ao tribunal de falências dos Estados Unidos.

Os investidores fizeram depósitos em criptomoedas na plataforma em troca de altos rendimentos. A Celsius, por sua vez, emprestou e investiu os depósitos dos clientes.

A Celsius interrompeu todos os saques de clientes um mês antes de entrar com pedido de falência. Isso ocorreu após constatar o colapso do valor das criptomoedas. Os termos da empresa levantam questões sobre se os usuários podem recuperar seus depósitos ou garantias de criptomoeda.

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Mashinsky disse que a base do contrato entre a Celsius e seus usuários declara explicitamente que a empresa tem direitos de propriedade sobre depósitos de clientes, bem como o direito de emprestar, vender, transferir ou usá-los por qualquer período de tempo.

A companhia se apresentou como uma alternativa segura aos bancos tradicionais e prometeu aos usuários altos retornos com investimentos em criptomoedas. A empresa foi avaliada em cerca de US$ 3 bilhões depois de arrecadar US$ 690 milhões em uma rodada de financiamento em maio, de acordo com o pedido de falência.

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Victória Anhesini

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