Ex-CEO do Starbucks diz que vai concorrer à presidência e é criticado
O ex-CEO do Starbucks, Howard Schultz, recebeu críticas pelo anúncio feito por ele no último domingo (27). Durante entrevista ao programa “60 minutes”, o empresário disse que pensava em se candidatar à presidência dos Estados Unidos em 2020.
“Estou pensando seriamente em me apresentar como candidato à Presidência. Concorrerei como independente centrista, por fora do sistema e dos partidos”, declarou o ex-CEO do Starbucks, que sempre se declarou democrata.
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O bilionário disse que os americanos estão cansados do sistema atual e querem uma opção melhor. “Estamos vivendo em um momento muito frágil. Não apenas pelo fato de que este presidente não está qualificado para ser presidente, mas por que ambos os partidos não estão fazendo o que é necessário a favor do povo”, afirmou Howard Schultz.
Ele foi questionado sobre sua experiência profissional e respondeu que reconhece não ser “a pessoa mais inteligente da sala”. “Para tomar grandes decisões sobre problemas complexos, é necessário recrutar e atrair pessoas mais inteligentes e experientes”, declarou.
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As críticas ao plano do ex-CEO do Starbucks
Muita gente não recebeu bem o anúncio de Schultz. O presidente americano, Donald Trump, foi um deles. Em sua conta no Twitter, o republicano provocou o ex-executivo.
“Howard Schultz não tem culhões para concorrer a presidente! Eu o assisti no @60Minutes na noite passada e eu concordo que ele não é a ‘pessoa mais inteligente’. Além do mais, a América já tem isso. Só espero que o Starbucks esteja pagando o aluguel na Trump Tower”, tuitou Trump.
Um artigo no site da Bloomberg dizia: “Uma campanha de Howard Schultz à Presidência não é arrogante. É ingênua”. “Sua história de vida e liderança à frente do Starbucks são admiráveis, mas suas ideias políticas não estão prontas para o horário nobre”, seguia a linha-fina do artigo. Lideranças políticas, celebridades e eleitores o criticaram em peso.
Ian Russell, um estrategista democrata, chamou o plano de “uma aventura de gente rica”. A cientista política Neera Tanden se referiu à ideia como “pura vaidade”. Houve até um grito de “egoísta” durante evento em que Schultz participou na última terça (29).
O número de empresários que se vendem como novidade e uma alternativa à “velha política” aumentou no mundo todo. Na França, Emmanuel Macron chegou ao poder sobre sua plataforma “En Marche!”. A Argentina teve Mauricio Macri. Donald Trump também seguiu a mesma linha. No Brasil, João Doria é outro exemplo. Ao que parece, Howard Schultz quer fazer parte do grupo.