Ex-CEO da Americanas (AMER3) recebe habeas corpus e responderá em liberdade

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) concedeu um habeas corpus para revogar o mandado de prisão emitido contra Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas (AMER3) preso na Espanha em junho. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

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Miguel Gutierrez foi preso no âmbito da operação Disclosure, da Polícia Federal (PF) por conta dos casos de fraude contábil da Americanas.

O executivo tem cidadania espanhola e atualmente reside em Madri, onde foi preso.

Contudo, o ex-executivo ficou preso somente por um dia, foi solto e entregou seu passaporte às autoridades espanholas.

Agora, com o habeas corpus – concedido por unanimidade – será enviado um ofício à representação regional da Interpol no Rio de Janeiro para a retirada do nome de Gutierrez da difusão vermelha.

Segundo a PF, que pediu prisão preventiva, Gutierrez chegou a se desfazer de bens, entre eles imóveis e veículos, e também envio valores substanciais para contas offhore em paraísos fiscais.

Em ocasiões anteriores os advogados do ex-CEO da Americanas declararam que ele “jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e que vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios”.

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MPF pediu extradição de ex-CEO da Americanas

Ainda em julho, cerca de um mês após a prisão do ex-CEO da Americanas, o Ministério Público Federal (MPF) pediu a extradição. A tese é de que seria necessário dado que, sem isso, o executivo seria processado e julgado na Espanha.

Gutierrez possui dupla cidadania e tem imóvel na Espanha, onde estava quando foi preso.

Mandados de prisão miraram outros executivos

A operação Disclosure teve mandados de prisão preventiva contra Miguel Gutierrez, ex-presidente da Americanas e Anna Chistina Ramos Saicali, ex-diretora.

Além disso, agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão em 15 endereços no Rio de Janeiro.

A 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro determinou também a apreensão de bens e valores que somam mais de R$ 500 milhões.

As investigações contam com a colaboração da atual diretoria da Americanas e são conduzidas em conjunto com o Ministério Público Federal e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Anna Saicali, também havia sido alvo de um mandado de prisão. Contudo o mandado foi revogado pela Justiça em troca de sua apresentação às autoridades.

Ela também ficou no exterior, quando teve o mandado expedido estava em Portugal.

Após isso, a ex-executiva da Americanas chegou em São Paulo no início de julho e se apresentou à Polícia Federal, na delegacia especial do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

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Eduardo Vargas

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