A companhia do setor imobiliário e de construção civil Even (EVEN3) realizará uma oferta pública inicial de ações (IPO) de sua subsidiária Melnick Even na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), ainda neste trimestre. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo” e foram divulgadas no último domingo (12).
O BTG Pactual e o Itaú BBA serão os bancos coordenadores da oferta. A Even é a principal acionista da companhia, com participação majoritária. A Melnick Even é uma das maiores empresas do seu ramo de atuação (setor imobiliário) de Porto Alegre.
A companhia, que deve abrir seu capital em breve, opera há 20 anos no Rio Grande do Sul. O negócio principal da Melnick Even consiste em realizar projetos residenciais de médio e alto padrão, além de salas comerciais.
No total, a Melnick Even já fez cerca de 30 empreendimentos e 1,5 mil apartamentos. A companhia ainda possui uma empresa que administra as vendas das imobiliárias parceiras e de uma construtora de obras comerciais e industriais na região.
O CEO da Melnick Even é Leando Melnick. Ele também é o presidente da Even e o vice-presidente do conselho de administração da incorporadora.
Aumento de construtoras e incorporadoras na Bolsa de Valores
Mais de 10 empresas do setor imobiliário, sendo construtoras ou incorporadoras, deverão abrir capital neste ano. Caso os IPOs saiam como previsto, é estimado que o setor pode captar R$ 15 bilhões com essas operações. Também será a maior entrada de empresas de construção na bolsa de valores em mais de 10 anos.
Atualmente, são 21 empresas do setor listadas na B3. Este número deve passar de 30 ao final de 2020.
O número de incorporadoras listadas passará de 21 para mais de 30 até o fim do ano. A construtora Cury e a incorporadora Lavvi são exemplos de empresas que estão em fases avançadas para darem entrada na bolsa. Antes da chegada da pandemia de coronavírus ao Brasil, este setor estava em alta com a ampliação de lançamentos e vendas há cerca de dois anos.
Lucro da Even no 1T20
A construtora Even apresentou seu resultado referente ao primeiro trimestre no dia 15 de maio. A companhia registrou lucro líquido de R$ 36,4 milhões entre janeiro e março. O valor representa uma alta de 27% em relação ao mesmo intervalo de 2019.