Eve, da Embraer (EMBR3), faz parceria com empresa americana Blade
A Eve e a Blade Air Mobility, Inc. fecharam um acordo para que a subsidiária da Embraer (EMBR3) disponibilize até 60 mil horas de voo por ano em seus veículos elétricos de decolagem e pouso vertical (eVTOL), também conhecido no mercado pela sigla em inglês EVA (Electrical Vertical Aircraft), para uso nos principais mercados da Flórida e Costa Oeste dos Estados Unidos a partir de 2026, sujeito a certas condições.
“A Blade possui uma grande sinergia com a nossa missão, uma vez que desenvolveu uma plataforma que facilitará o acesso à mobilidade aérea nos centros urbanos e, graças à parceria com a Eve, oferecerá também uma experiência de voo silenciosa e sem emissão de carbono”, destacou em nota o presidente e CEO da Eve, André Stein.
Para o executivo, a plataforma contribuirá para a operação dos EVAs em importantes mercados da Costa Leste e Oeste dos Estados Unidos. “Essa parceria com a Blade é mais um passo para avançarmos no futuro da mobilidade nessas regiões e marca um momento de grande entusiasmo para as duas companhias,” afirmou Stein.
A subsidiária da Embraer planeja disponibilizar, junto a seus parceiros locais, até 60 aeronaves para uso da Blade pelos EUA a partir de 2026. A Blade vai pagar por hora de voo utilizada nas aeronaves da Eve, que serão fornecidas pela empresa e terceiros. A disponibilidade da aeronave da Eve pela malha da Blade está sujeita a acordos definitivos a serem firmados pelas empresas.
“É uma honra para a Blade realizar essa parceria com a Eve, que se beneficia do profundo conhecimento da Embraer no setor aeroespacial”, diz Rob Wiesenthal, CEO da Blade. “A aeronave da Eve tem o custo operacional ideal para nossas rotas de curta distância, que se soma a outras três parcerias que temos para EVA. Juntas podemos aprimorar nossos serviços para as mais diversas missões e operações em polos regionais.”
Ativa vê impacto neutro de anúncio da Embraer
O Ilan Arbetman, analista de research da Ativa Investimentos, considerou o impacto da notícia como neutro.
“A forma pelo qual a parceria se dará, com a Eve sendo remunerada por horas de voo mostra que, num primeiro momento, a estratégia da empresa passa pelo ganho de market share em estratégicos pontos globais, como os EUA. Diante do sucesso da empreitada, a empresa poderia partir para uma estratégia de aceleração de vendas do veículo aéreo móvel de forma mais direta”, avaliou o especialista.
(Com Estadão Conteúdo)