Europa fecha pregões em queda com variante Delta no radar

Os principais índices acionários da Europa fecharam em baixa, nesta terça-feira (27), acompanhando a tendência dos demais mercados internacionais. Afetaram os mercados a apreensão sobre regulações chinesas e o temor com a variante delta do coronavírus, apesar da alta taxa de vacinação.

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Além das preocupações com a pandemia, há cautela dos investidores com os resultados financeiros das empresas. Ainda nesta terça (27), Louis Vuitton e Telecom Italia divulgam seus balanços.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,54%, a 458,65 pontos.

Pela manhã, os principais índices da China encerraram o pregão em território negativo, o que pode ter tido reflexos nas bolsas europeias. A determinação de uma medida regulatória do país no setor de tecnologia foi a principal razão.

Além disso, a prevalência da covid-19 segue como um ponto de atenção de todo o mercado internacional. Mais cedo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, informou que 70% dos adultos da União Europeia estão vacinados com ao menos a primeira dose. A boa notícia não foi suficiente para assegurar resultados positivos nas bolsas da região.

Em Londres, o FTSE recuou 0,42%, a 6.996,08 pontos. Já em Frankfurt, o DAX caiu 0,64%, a 15.519,13 pontos.

Analista do Morgan Stanley vê restrições futuras na Europa

Para Jacob Nell, do Morgan Stanley, é inquestionável que a variante delta aumenta a incerteza sobre este terceiro trimestre. O analista diz seguir confiante de que o progresso da vacinação e a redução das internações hospitalares irão reduzir as pressões para que medidas restritivas de grande alcance sejam impostas.

“Provavelmente veremos mais restrições a viagens (e hospedagem) por mais tempo, o que afetaria desproporcionalmente o sul da Europa. O impacto, entretanto, pode ser modesto, já que as medidas geralmente são direcionadas para a reduzida população de pessoas ainda não vacinadas”, observa.

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A volatilidade nas negociações do petróleo neste pregão também pode ter pressionado os índices europeus para baixo. Na bolsa londrina, as petroleiras registraram leve queda: BP caiu 0,29% e Royal Dutch Shell recuou 0,04%. Em Milão, Eni recuou 0,59%, enquanto Repsol cedeu 0,03% em Madri.

O índice CAC 40, de Paris, recuou 0,71%, a 6.531,92 pontos, enquanto o FTSE MIB, de Milão, caiu 0,83%, a 25.086,55 pontos.

Hoje, os investidores seguem atentos também à divulgação dos resultados trimestrais de empresas da região. A marca de luxo LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton teve lucro operacional acima de 7 bilhões de euros – e, ainda assim, caiu 0,36% no pregão de Paris. Acionistas aguardam ainda o balanço da Telecom Italia, que hoje em Milão teve queda de 0,89%.

Além disso, na Europa, nas praças ibéricas, o IBEX 35, de Madri, recuou 0,87%, a 8.699,20 pontos, e o PSI 20, de Lisboa, 1,24%, a 5.037,87 pontos.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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