Yellen defende redução de tensões com China, mas diz que corte de tarifas é ‘prematuro’

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou que o país deve procurar maneiras de diminuir as tensões com a China, mas ainda considera prematuro eliminar as tarifas impostas pelo governo do ex-presidente Donald Trump.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/10/Lead-Magnet-1420x240-1.png

Yellen deu uma entrevista coletiva à imprensa em Gandhinagar, na Índia, onde se reúne com ministros das finanças do G20 para discutir os desafios econômicos globais.

“Seria útil procurar maneiras de diminuir a escalada (da tensão com a China) ao longo do tempo”, disse. “Talvez, com o tempo, esta seja uma área em que podemos fazer progressos, mas diria que é prematuro usar esse recurso (tarifas) como um alívio, pelo menos por enquanto”.

Yellen viajou à China na última semana para conhecer as lideranças econômicas do país. Segundo ela, nas reuniões com os executivos, enfatizou a importância dos dois países “trabalharem juntos para os desafios globais” e se disse ansiosa para mobilizar mais ações junto ao gigante asiático.

“Ainda há muito trabalho a se fazer, mas eu acredito que essa viagem foi um bom começo”, ressaltou a Secretária do Tesouro dos EUA.

Em relação à desaceleração na recuperação econômica chinesa, Yellen afirmou que também abordou esse tema na visita a Pequim e acrescentou que os Estados Unidos seguem observando esses movimentos do país. “A China é um importador substancial de muitos países ao redor do mundo, então quando o crescimento chinês desacelera, isso tem um impacto em muitos países”, disse.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/10/1420x240-Banner-Home-1-3.png

Yellen sobre G20

Para o encontro do G20, que segue nesta segunda e terça-feira, Yellen pontuou quatro prioridades que estarão no foco: a preocupação com os mercados emergentes nos países em desenvolvimento, a evolução dos bancos multilaterais em desenvolvimento, o auxílio à Ucrânia e o acordo fiscal global.

Os EUA querem, entre outras pautas, ampliar a atuação de bancos de desenvolvimento multilateral (MDBs, na sigla em inglês) para promover suporte financeiro e técnico a países em desenvolvimento e ajudá-los a lidar melhor com desafios globais.

“Estimamos que os MDBs como um sistema podem desbloquear US$ 200 bilhões na próxima década com as medidas já implementadas ou em deliberação”, estimou Yellen.

Com Estadão Conteúdo

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

Eduardo Vargas

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno