Os Estados Unidos (EUA) iniciaram a aplicação de tarifas alfandegárias sobre produtos da União Europeia (UE) nesta sexta-feira (18). A medida totaliza US$ 7,5 bilhões (R$ 31 bilhões).
A Organização Mundial do Comércio (OMC) considerou como ilegal os subsídios concedidos pela UE à empresa aeronáutica Airbus. Desse modo, no começo do mês de outubro, a entidade regulatória autorizou os EUA a imporem tarifas sobre produtos europeus.
Os subsídios ilegais dados por países integrantes do bloco europeu, segundo a OMC, prejudicaram a concorrente norte-americana Boeing.
As tarifas de US$ 7,49 bilhões, serão distribuídas em:
- 10% no valor de novas aeronaves vindas da União Europeia;
- 25% de sobretaxa em produtos agrícolas e industriais originados na Europa;
O governo americano elaborou uma lista de produtos que deverão ser atingidos por tarifas de até 100%. As mercadorias variam de peças de avião à produtos alimentícios, como:
- aviões de grandes porte
- helicópteros
- aeronaves civis
- peças de aeronaves
- peixe-espada
- salmão
- queijos
- frutas
- azeitonas
- vinhos.
EUA X UE
No começo de abril, os EUA ameaçaram impor tarifas sobre os produtos europeus devido aos subsídios que a UE fornecia para a Airbus.
O Escritório do Representante de Comércio dos EUA, informou que a OMC concluiu que em diversas ocasiões os subsídios europeus tiverem efeitos adversos sobre a economia americana.
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“Esse caso esteve litígio durante 14 anos, e chegou a hora de agirmos. Nosso objetivo primordial é chegar a um acordo com a UE para pôr fim a todos os subsídios inconsistentes com a OMC a aeronaves de grande porte. Quando a UE encerrar esses subsídios prejudiciais, as tarifas adicionais impostas pelos EUA poderão ser removidas”, disse o representante do comércio americano, Robert Lighthizer.
Há 14 anos Bruxelas e Washington se acusam mutuamente de subsídios injustos. Os EUA são acusados de subsidiar a americana Boeig, e a União Europeia é acusada de subsidiar Airbus.
Trata-se da mais longa e complexa disputa intermediada pela OMC. No ano de 2002, a entidade decretou que bilhões de dólares em subsídios concedidos para Boeing eram ilegais e exigiu que os EUA os anulasse.
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