OMC autoriza os EUA a imporem tarifas de US$ 7,5 bi em produtos europeus
A Organização Mundial de Comércio (OMC) autorizou os Estados Unidos (EUA), nesta quarta-feira (2), a imporem tarifas alfandegárias de US$ 7,5 bilhões sobre produtos europeus. A entidade regulatória considerou como ilegal os subsídios concedidos pela União Europeia (UE) à empresa aeronáutica Airbus.
Em resposta, a Comissão Europeia informou que a imposição de tarifas infligiria danos a empresas e pessoas de ambos os continentes. Além disso, informou que se os EUA taxarem, a UE deverá “fazer o mesmo”.
“Mas se os EUA decidirem impor contramedidas autorizadas pela OMC levarão a UE a uma situação em que não teremos outra opção a não ser fazer o mesmo”, salientou a Comissão.
O governo americano elaborou uma lista de produtos que deverão ser atingidos por tarifas de até 100%. As mercadorias variam de peças de avião à produtos alimentícios, como:
- aviões de grandes porte
- helicópteros
- aeronaves civis
- peças de aeronaves
- peixe-espada
- salmão
- queijos
- frutas
- azeitonas
- vinhos.
EUA X UE
No dia nove de abril, os EUA ameaçaram impor tarifas sobre os produtos europeus devido aos subsídios que a UE fornecia para a Airbus.
O Escritório do Representante de Comércio dos EUA, informou que a OMC concluiu que em diversas ocasiões os subsídios europeus tiverem efeitos adversos sobre a economia americana.
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“Esse caso esteve litígio durante 14 anos, e chegou a hora de agirmos. Nosso objetivo primordial é chegar a um acordo com a UE para pôr fim a todos os subsídios inconsistentes com a OMC a aeronaves de grande porte. Quando a UE encerrar esses subsídios prejudiciais, as tarifas adicionais impostas pelos EUA poderão ser removidas”, disse o representante do comércio americano, Robert Lighthizer.
Há 14 anos Bruxelas e Washington se acusam mutuamente de subsídios injustos. Os EUA são acusados de subsidiar a americana Boeig, e a União Europeia é acusada de subsidiar Airbus.
Trata-se da mais longa e complexa disputa intermediada pela OMC. No ano de 2002, a entidade decretou que bilhões de dólares em subsídios concedidos para Boeing eram ilegais e exigiu que os EUA os anulasse.