Os Estados Unidos impuseram uma sobretaxa de 130% a importação de alumínio do Brasil e de outros países. Assim, empresários brasileiros do setor, se depararam nessa terça-feira (20) com uma tarifa de importação cobrada pelos Estados Unidos de 145%, ante 15%.
Frente a sobretaxa, as importações de alumínio para os EUA foram suspensos. Contudo, com a interrupção, projeta-se um prejuízo de aproximadamente US$ 90,3 milhões por ano em chapas que não chegarão ao país norte-americano.
Cabe lembrar que as importações de alumínio de 18 países, incluindo o Brasil, estavam sob investigação de dumping.
Além disso, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alumínio, Milton Rego, aponta que a sobretaxa teve como cenário a guerra comercial da China e EUA.
Vale destacar que a China é o maior exportador de alumínio do mundo, enquanto os EUA ocupa a posição de maior consumidor.
O presidente da associação ainda afirmou que “o Brasil está se defendendo na investigação, mas os EUA anteciparam um aumento de alíquota, ou seja, atiraram para perguntar depois. As exportações brasileiras foram suspensas”.
Rego completou dizendo que “historicamente o Brasil sempre exportou, principalmente, para os EUA e a América Latina. O mercado americano é nosso maior destino”.
EUA adotam medida preliminar sobre tarifa antidumping contra folhas de alumínio
O Departamento do Comércio dos Estados Unidos divulgou um comunicado nessa terça-feira anunciando uma determinação preliminar sobre uma tarifa antidumping, em uma investigação de importações de folhas de liga de alumínio comum de 18 países, incluindo o Brasil.
A notificação de hoje é uma ampliação de determinações anteriores já adotadas sobre as importações de Brasil, Bahrein, Índia e Turquia.
O secretário do Comércio americano, Wilbur Ross, afirmou que a ação é a mais abrangente dos EUA no comércio em duas décadas nessa frente. Ross disse que houve em alguns casos “subsídios injustos” sobre os produtos, para sua entrada no mercado americano.
A apuração preliminar do governo americano determinou que exportadores no Brasil teriam lançado mão de dumping entre 49,48% e 136,78%. A nota também determina esses números para os outros países envolvidos. Com isso, o Departamento de Comércio diz que instruirá o órgão alfandegário a coletar dinheiro dos importadores das folhas de alumínio dos países citados, baseando-se nas taxas preliminares.
Com informações do Estadão Conteúdo.
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