EUA registram maior déficit comercial em 10 anos
Os Estados Unidos registraram em 2018 o maior déficit comercial em uma década. No total, a balança de bens e serviços dos EUA foi negativa por US$ 621 bilhões (cerca de R$ 2.347,38 bilhões). Um resultado muito pior do que os US$ 552,3 bilhões (cerca de R$ 2.087,69 bilhões) de déficit registrado em 2017.
O resultado recorde do déficit comercial dos Estados Unidos mostra a falta de êxito dos esforços do presidente Donald Trump. O mandatário prometeu durante sua campanha eleitoral de reduzir o déficit da balança comercial, em particular nas transações coma China. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6) pelo Departamento de Comércio dos EUA.
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Aumento das importações da China, México e UE
Na análise dos resultados, aparecem números recordes de importações de bens produzidos na China, México e União Europeia.
Em dezembro, o déficit comercial dos Estados Unidos aumentou de 19% em comparação ao mês anterior, chegando a US$ 59,8 bilhões em dezembro. Um resultado pior do quanto esperado pelos analistas, que previam um saldo negativo de US$ 57,3 bilhões.
No último mês de 2018 as exportações dos EUA recuaram 1,9%, chegando a US$ 205,12 bilhões. Por outro lado, as importações subiram 2,1%, alcançando US$ 264,89 bilhões.
Somente com a a China, os EUA registraram déficit comercial de US$ 38,7 bilhões em dezembro. Por outro lado, no mesmo mês foi registrado um superávit comercial com o Brasil de US$ 800 milhões.
O Departamento de Comércio dos Estados Unidos também revisou os dados de novembro. A balança comercial registrou um déficit de US$ 50,3 bilhões no penúltimo mês do ano, em vez de US$ 49,31 bilhões como o divulgado inicialmente.
Negociações com a China
O resultado da balança comercial dos Estados Unidos chegam no meio da fase final das negociações com a China. Os representantes das duas maiores economias do mundo estão tentando evitar uma escalada na guerra comercial.
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O presidente Trump adiou a aplicação de novos impostos alfandegários sobre US$ 200 bilhões de produtos chineses. O presidente dos Estados Unidos suspendeu o aumento de 10% para 25% em tarifas para auxiliar nas negociações com a China.