EUA registram forte queda no comércio exterior durante o mês de maio
O Departamento de Comércio dos EUA informou nesta quinta-feira (2) que o comércio entre os Estados Unidos e o resto do mundo desacelerou ainda mais durante o mês de maio. A contração demonstra que os efeitos da pandemia do coronavírus (covid-19) serão duradouros na economia global.
De acordo com o relatório divulgado pelos EUA, as exportações do país caíram 4,4%, para US$ 144,5 bilhões. Ao mesmo tempo, as importações caíram 0,9%, para US$ 199,1 bilhões. A diferença totaliza um déficit sazonalmente ajustado de US$ 54,6 bilhões, o que representa um aumento de 9,7%, o maior desde dezembro de 2018.
Os EUA geralmente apresentam um déficit em bens e um superávit em serviços como assistência médica, ensino superior, e processamento de pagamentos. Em maio, o excedente de serviços diminuiu para o nível mais baixo desde fevereiro de 2016, à medida que a demanda por serviços de negócios diminuiu, com as fronteiras fechadas e os turistas em casa.
“Temos uma queda enorme no comércio de serviços, que indica uma desaceleração global, centrada no setor deserviços”, disse o economista Brad Setser, membro sênior do Conselho de Relações Exteriores dos EUA. “Esta não é sua recessão típica.”
EUA planejam novo pacote de estímulos econômicos
O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, informou aos legisladores norte-americanos nesta terça-feira (30) que o governo planeja estruturar novos pacotes de estímulo econômico. O anuncio vem à tona em maio ao aumento no desemprego e na falência dos negócios devido aos efeitos da pandemia do coronavírus.
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Mnuchin disse que espera trabalhar de maneira bipartidária em quaisquer medidas adicionais no gasto público dos EUA em julho. “Prevíamos que qualquer alívio adicional seria direcionado a certos setores que foram especialmente afetados pela pandemia“, disse o secretário do Tesouro.