Os Estados Unidos (EUA) registraram a criação de 1,8 milhão de empregos no mês de julho, de acordo com dados do Departamento do Trabalho do país norte-americano, divulgados nesta sexta-feira (7). O número significa uma forte desaceleração em relação aos resultados apresentados em maio, de 2,7 milhões, e junho, de 4,8 milhões de vagas criadas.
A desaceleração em relação a criação de vagas de trabalho ocorre em meio ao aumento do número de casos de coronavírus (Covid-19) no país, que é o líder mundial em casos e mortes pela doença. Apesar disso, o relatório do Departamento do Trabalho dos EUA mostrou que houve uma queda na taxa de desemprego, saindo de 11,1% para 10,2%. Mesmo com a leve melhora, é o maior nível desde a crise de 2008. O número de pessoas que perderam permanentemente os seus empregos ficou quase estável frente ao mês de junho, em 2,9 milhões.
“A recuperação dos empregos está em um terreno muito instável e, sem os cintos de segurança para os desempregados oferecidos pelo estímulo fiscal adicional, a economia pode ter uma jornada difícil pela frente”, afirmou Chris Rupkey, economista-chefe do MUFG (um dos principais grupos financeiros do mundo). “Não pode haver crescimento econômico sustentável se o país tiver que continuar com o peso esmagador do desemprego em massa”, acrescentou o executivo em nota publicada pela “Reuters”.
Economistas consultados pela agência de notícias estimavam a criação líquida de 1,6 milhão de postos de trabalho no mês de julho. Cerca de 31,3 milhões de cidadãos dos EUA receberam auxílio-desemprego no mês passado. Os dados fracos em relação ao desemprego podem pressionar o presidente Donald Trump, que concorre nas eleições presidenciais que acontecerá em novembro no país.
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