O pacote de investimentos proposto pelo Partido Democrata no Congresso dos EUA, na ordem de US$ 3,5 trilhões, deve enfrentar a oposição de parte da indústria energética. Isso porque inclui o financiamento de uma transição para o uso de energias limpas.
A indústria pode ter de arcar com aumentos de custos caso a proposta vire lei. O plano para os EUA prevê o pagamento de dinheiro às concessionárias que fizerem uma transição rápida para combustíveis mais limpos — e a imposição de penalidades financeiras para aquelas que optarem por mudanças mais lentas.
Também estão incluídas no pacote tarifas de importação com base nas emissões de gases de efeito estufa e a criação de multas inéditas para produtores de petróleo e gás pelo vazamento dessas substâncias poluentes, a partir de seus poços, tubulações e tanques, na atmosfera.
Além disso, o pacote daria aos desenvolvedores de energia eólica e solar e outras empresas de tecnologia limpa algumas provisões como um grande aumento nos créditos fiscais para novas unidades.
As empresas do setor de petróleo e gás, no entanto, alertam que o plano potencialmente torna os EUA mais dependentes de fontes estrangeiras de energia ao deixar a produção americana mais cara.
“Estaríamos preocupados com qualquer política que prejudique a produção de petróleo e gás dos EUA”, disse Anne Bradbury, executiva-chefe do American Exploration & Production Council, que representa empresas independentes.
Os democratas, no entanto, preveem penalizar os combustíveis fósseis importados por meio de tarifas para impulsionar as empresas americanas.
Economia dos EUA caminha para patamar pré-pandemia
O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA retornou ao nível observado antes da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), de acordo com o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.
Durante depoimento no Comitê Bancário do Senado na última quinta-feira (15), Powell também afirmou que a tendência da atividade econômica está a caminho de ficar acima da registrada no período pré-coronavírus.
O dirigente, contudo, reforçou que o mercado de trabalho está se recuperando de maneira mais lenta do que a produção. Segundo ele, ainda é cedo para concluir se o recente aumento no auxílio-desemprego, aprovado no âmbito do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão, teve algum efeito na desaceleração do emprego.
Além disso, o presidente do Fed garantiu que a economia dos EUA não terá um “período prolongado de inflação alta”, porque a autoridade monetária tem instrumentos necessários para contê-la, embora isso traga desafios.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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