EUA: negociação de estímulos gera conflitos entre Trump e Pelosi
O presidente dos EUA, Donald Trump, e a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, informaram neste domingo (11) estarem enfrentando divergências diante das negociações sobre o pacote de estímulos à economia norte-americana devido a crise do novo coronavírus (Covid-19).
Trump e Pelosi culparam um ao outro pela falta de progresso em um acordo de estímulo fiscal para os EUA, enquanto um assessor sênior da Casa Branca disse esperar que as negociações continuem.
Após as incertezas diante das negociações entre democratas e republicanos da Casa Branca, o presidente norte americano declarou em entrevista à Fox News estar “tendo dificuldades com Nancy Pelosi”. Ao passo que a deputada pontuou sua insatisfação com a oferta do governo sobre como lidar com o impacto da pandemia na saúde, denominando-a como “totalmente inadequada”.
“Até que essas questões sérias sejam resolvidas, continuamos em um impasse”, informou Pelosi neste domingo em uma carta aos congressistas democratas.
Diante disso, conselheiro econômico da Casa Branca, Larry Kudlow declarou que “As atualizações continuarão em andamento.”, informando ainda esperar que o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e Pelosi mantivessem mais negociações durante esta semana. Mnuchin pode aumentar a quantidade de ajuda que o governo está oferecendo, disse Kudlow à rede CNN, sem dar mais detalhes.
Kudlow ainda declarou acreditar que um acordo de estímulo não seja essencial para a recuperação nos Estados Unidos, mas também que a ideia “não está morta”. “Tudo o que estou dizendo é que uma assistência direcionada ajudaria muito agora.
Líder da Câmara dos Deputados dos EUA rejeita plano de estímulo fiscal
Nancy Pelosi, a porta-voz democrata da Câmara dos Deputados dos EUA, rejeitou no último sábado (10) a proposta de estímulo fiscal de US$ 1,8 trilhão (cerca de R$ 10 trilhões) apresentada pelo governo do presidente Donald Trump.
A decisão de Pelosi poderia terminar as negociações iniciadas entre o Legislativo e o Executivo dos EUA para um pacote de estímulo fiscal para superar a crise provocada pelo novo coronavírus (covid-19)
Em uma carta aos deputados democratas, Pelosi salientou que a última proposta do governo Trump marcava “um passo à frente, dois passos para trás” e que havia “desacordos em muitas prioridades” sobre a economia dos EUA.
“Quando o presidente fala sobre o desejo de um pacote de ajuda maior, sua proposta parece significar que ele quer mais dinheiro a seu critério para conceder ou reter, em vez de concordar com a linguagem que prescreve como honramos nossos trabalhadores, eliminamos o vírus e colocamos dinheiro no bolso dos trabalhadores ”, escreveu Pelosi.
Economistas e investidores acompanharam de perto as negociações sobre esse pacote de estímulo fiscal. Um acordo entre os dois poderes dos EUA poderia ajudar a sustentar a recuperação econômica nos próximos meses, enquanto deixar de alcançar o acordo poderia até reverter a recuperação.
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Pelosi estava negociando com o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, tentando chegar a um acordo antes da eleição presidencial de novembro. Os democratas aprovaram na Câmara um pacote para injetar US$ 2,2 trilhões em estímulos adicionais na economia, mas os republicanos e o governo Trump se recusaram a votar o pacote.