A agência de classificação de risco Fitch Ratings manteve a classificação de emissor de longo prazo em moeda estrangeira dos Estados Unidos em ‘AAA’, com perspectiva negativa, conforme informou nesta terça-feira (13).
De acordo com o relatório divulgado pela Fitch, os EUA se beneficiam da emissão de dólares americanos, a moeda de reserva mais proeminente do mundo, e da flexibilidade extraordinária de financiamento associada a isso, que foi destacada mais uma vez pelos desenvolvimentos desde março de 2020.
A agência considera ainda a tolerância da dívida norte-americana maior do que a de outros países soberanos de rating AAA, completou.
Ao passo que a perspectiva negativa sobre a nota de crédito reflete riscos contínuos para as finanças públicas e para a trajetória da dívida, apesar da melhora nas projeções fiscais e de dívida da Fitch desde sua última revisão.
“A dinâmica aponta atualmente para uma ampla estabilização da razão da dívida a um nível em que um novo aumento significativo poderia levar a um rebaixamento. No entanto, as principais variáveis, incluindo as taxas de juros reais e déficits fiscais, podem não seguir o caminho esperado, criando riscos negativos. À luz dos desenvolvimentos desde a última revisão e riscos futuros, uma deterioração na governança representa um risco adicional para o rating”, informa.
Fitch eleva previsão para crescimento do PIB global em 2021, de 6,1% a 6,3%
A agência de classificação de risco Fitch Ratings informou em junho que revisou e elevou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2021, de 6,1% a 6,3%, em meio à firme recuperação de mercados desenvolvidos.
A Fitch explica que sua revisão para o desempenho do PIB mundial reflete à reabertura “mais rápida do que o esperado” nos Estados Unidos e na Europa e o impacto de medidas de apoio público.
Segundo relatório Cenário Econômico, a instituição aumentou a projeção para a expansão da atividade econômica norte-americana este ano, de 6,2% para 6,8%.
Também houve melhora nas estimativas de zona do euro (4,7% a 5%) e Reino Unido (de 5% a 6,6%). Por outro lado, a previsão de alta do PIB Japão foi cortada de 3,6% a 2,5%.
A Fitch manteve a previsão de crescimento da China em 8,4%, mas diminuiu a dos emergentes excluindo-se o país asiático, de 6% a 5,9%.
Com informações do Estadão Conteúdo
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