Os EUA determinaram o fechamento do consulado da China em Houston, no Texas, nesta quarta-feira (22). O Departamento de Estado do país afirmou que a medida tem o objetivo de proteger a “propriedade intelectual e as informações privadas dos americanos”.
A medida aconteceu após o departamento, na última terça-feira (21), denunciar dois hackers chineses suspeitos de roubar informações sobre projetos de vacinas para o ministério da Segurança de Estado da China. Eles foram acusados de violar a propriedade intelectual nos EUA.
Na determinação, o departamento não mencionou diretamente o caso, mas salientou que os diplomatas devem “respeitar as leis e os regulamentos do Estado receptor” e “têm o dever de não interferir nos assuntos internos”.
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“Os EUA não tolerarão violações da República Popular da China da nossa soberania e intimidação do nosso povo, assim como não toleramos as práticas comerciais desleais, o roubo de empregos americanos e outros comportamentos”, disse o porta-voz do departamento, Morgan Ortagus.
As autoridades norte-americanas deram 72 horas a Pequim para fechar o consulado.
Em resposta à determinação, o porta-voz do Ministério das Relações da China, Wang Webin condenou a ordem. “O fechamento unilateral do consulado geral da China em Houston dentro de um curto período de tempo é uma escalada sem precedentes de suas ações recentes contra a China”, disse Wang.
Como retaliação, segundo a agência de notícias “Reuters”, as autoridades chinesas podem ordenar o fechamento da representação diplomática norte-americana em Wuhan.
EUA e Reino Unido discutem planos de aliança para resistir à China
O secretário de Estados dos EUA, Michael Pompeo, indicou na terça que quer formar uma aliança com o Reino Unido para entender e combater a “ameaça” representada pela China. Ele também elogiou a posição mais rígida da Grã-Bretanha sobre o país asiático, enquanto estão planejando uma ação mais coordenada contra Pequim.
O anúncio realizado publicamente por Pompeo reflete o que já havia sido dito anteriormente aos legisladores britânicos: que o resto do mundo precisa mudar sua atitude em relação à China, e que os EUA estão se interessando por aumentar a resistência ao país asiático. Londres e Washington intensificaram suas críticas à nova lei de segurança de Pequim para Hong Kong, aumentando ainda mais as tensões entre os EUA e a China.
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Na semana passada, o Reino Unido proibiu a empresa chinesa Huawei Technologies de implementar suas redes sem fio de quinta geração, citando o impacto das sanções dos EUA contra a empresa.
O secretário norte-americano indicou também sua admiração pela medida tomada pelo Reino Unido quanto a Huawei. “Quero aproveitar esta oportunidade para parabenizar o governo britânico por suas respostas a esses desafios”, disse Pompeo em entrevista coletiva no centro de Londres.
Além disso, o secretário dos EUA disse que quer que “toda nação que entenda a liberdade e a democracia” reconheça “essa ameaça que o Partido Comunista Chinês está impondo” e trabalhe em conjunto para combatê-lo.
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