Democratas aprovam suspensão de teto de dívida nos EUA; medida segue para o Senado

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou hoje medida que mantém o governo financiado até o início de dezembro e suspende seu teto da dívida até 2022, mas sem resolver o impasse partidário entre democratas e republicanos antes de o texto seguir para o Senado.

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Faltando menos de duas semanas para o atual financiamento do governo expirar, no dia 1º de outubro, a Câmara aprovou em uma votação de linha partidária, com 220 votos a favor e 211 contra, um pacote que financiaria o governo dos EUA até 3 de dezembro de 2021 e suspenderia o teto da dívida até 16 de dezembro de 2022.

O Departamento do Tesouro está usando medidas de emergência para cobrir as contas por vários meses até que o limite do débito seja aumentado ou suspenso novamente.

O Senado deve votar a medida no final desta semana ou no início da próxima, de acordo com assessores.

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Hoje, líderes da Câmara disseram que estavam agindo rapidamente para dar ao Senado tempo para descobrir como quebrar o impasse partidário que se desenvolveu sobre o aumento do limite da dívida.

Ex-secretários do Tesouro dos EUA pedem que Congresso suspenda teto da dívida

Ex-secretários do Tesouro dos Estado Unidos enviaram uma carta ao Congresso nesta quarta-feira em que pedem a suspensão do teto da dívida pública do país. O documento vem a público em meio a disputas políticas entre os democratas e os republicanos.

A medida para permitir que o governo volte a emitir dívida foi aprovada na noite da terça-feira, 21, na Câmara dos Representantes, mas deve enfrentar mais resistência no Senado.

“Escrevemos para expressar nosso profundo senso de urgência de que a liderança do Congresso, trabalhando com o governo e o presidente, se mova rapidamente para iniciar e concluir um processo legislativo viável necessário para aumentar o limite da dívida”, dizem, na carta, Larry Summers, Timothy Geithner, Robert Rubin, Jacob Lew, Henry Paulson e Michael Blumenthal.

Segundo os ex-secretários do Tesouro americano, um calote do governo, que poderia ser gerado pela proibição de emissão de dívida, pode causar danos econômicos “sérios”.

“Isso cria o risco de turbulência dos mercados e de minar a confiança econômica, além de impedir que os americanos recebam serviços vitais. Seria muito prejudicial minar a confiança e a fé na credibilidade dos Estados Unidos, e esse dano seria difícil de reparar”, afirmam as autoridades.

Impasse do teto da dívida preocupa Wall Street

Os republicanos disseram que se opõem à votação para aumentar o teto da dívida em protesto contra os trilhões em gastos que os democratas estão tentando aprovar no Congresso sem o apoio republicano.

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O impasse do teto da dívida alarmou analistas de Wall Street e líderes empresariais, que nas últimas semanas emitiram alertas sobre um risco crescente de um calote técnico, no qual o governo pode ser incapaz de fazer todos os seus pagamentos regulares integralmente e dentro do prazo. A ameaça de tal default pode prejudicar os mercados e afetar o crescimento econômico dos EUA.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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