A economia dos Estados Unidos criou 372 mil empregos em junho, em termos líquidos, segundo dados do payroll publicados nesta sexta-feira pelo Departamento do Trabalho do país.
O resultado ficou acima da mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de geração de 275 mil vagas. Já a taxa de desemprego dos EUA ficou inalterada em 3,6% pelo quarto mês seguido em junho, em linha com o consenso do mercado.
Por outro lado, o Departamento do Trabalho revisou para baixo os números de criação de postos de trabalho de maio, de 390 mil para 384 mil, e também de abril, de 436 mil para 368 mil.
Em junho, o salário médio por hora teve alta de 0,31% em relação a maio, ou US$ 0,10, a US$ 32,08, vindo ligeiramente acima da previsão de alta de 0,30%.
Na comparação anual, houve acréscimo salarial de 5,11% no último mês, também acima da projeção de 5%, segundo dados do payroll.
“A apresentação dos dados empregatícios dos EUA, com informações que servem como uma espécie de termômetro econômico, costuma gerar bastante volatilidade nos mercados mundiais, principalmente no dia da divulgação, adicionando incerteza e preocupando os investidores, que acabam precificando os índices nas transações de curto prazo”, comenta Carlos Vaz, CEO e fundador da Conti Capital.
“Com o resultado de hoje, o motor de emprego dos EUA não mostra sinais mais severos de desaceleração e sugere que o Fed não está atingindo seu objetivo de desaquecer a atividade econômica a ponto de controlar a inflação. Então, podemos esperar por mais aumentos na taxa de juros, porém em ritmo suave. Na minha visão, o banco central americano está buscando o equilíbrio entre o resfriamento da economia e o combate à inflação, numa tentativa de evitar um cenário macroeconômico mais duro de recessão. Todos os dados que temos disponíveis indicam que, se os EUA entrarem em recessão causada pelo aumento das taxas de juros, a desaceleração será relativamente amena”, completa Conti.
Com Estadão Conteúdo
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