EUA ampliam sanções contra a gigante chinesa Huawei
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou nesta segunda-feira (17) que o governo de Donald Trump vai ampliar as sanções contra a gigante chinesa de tecnologia Huawei. Segundo o anúncio de Pompeo, os norte-americanos vão bloquear o acesso da empresa a chips e outras tecnologias.
“Hoje, desferimos um golpe direto na Huawei e no repressivo Partido Comunista Chinês ao limitar ainda mais a capacidade da Huawei de adquirir a tecnologia dos EUA e comprometer a integridade das redes mundiais e das informações privadas dos americanos”, publicou o secretário em seu Twitter.
O Departamento do Comércio adicionou 38 filiais da gigante de tecnologia em todo mundo à “lista de entidades” com o discurso de que a empresa utilizava as subsidiárias internacionais para evitar as sanções que impedem a exportação de tecnologia norte-americana.
No comunicado, o departamento afirmou que “estas ações, efetivas de maneira imediata, vão bloquear as tentativas da Huawei de evitar o controle das exportações americanas”. A empresa chinesa e suas filiais, segundo o secretário do Comércio, Wilbur Ross, “trabalharam por meio de terceiros para aproveitar a tecnologia dos Estados Unidos de uma maneira que prejudica a segurança nacional dos EUA e os interesses da política externa”.
EUA proíbem empresas de contratos federais comprarem produtos da Huawei
Os EUA anunciaram que desde 13 de agosto as empresas, com as quais o país negocia, estão proibidas de comprar produtos fabricados pela Huawei e outras quatro companhias chinesas.
Na data estipulada pelo governo, as empresas que participavam de licitações para contratos federais deveriam certificar que não usam nenhum produto das empresas listadas. Os EUA estimam o custo da conformidade total em mais de US$ 80 bilhões (cerca de R$ 430,5 bilhões).
Dessa forma, as companhias estão proibidas de negociar com as respectivas chinesas:
- Huawei
- ZTE
- Hangzhou Hikvision Digital Technology
- Zhejiang Dahua Techonology
- Hytera Communications
Esta regra impõe que as empresas escolham os EUA e se dissociem com a economia chinesa. As principais companhias afetadas são as do Japão que possuem contratos com as duas nações.