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ETFs vs Fundos de Investimento: em qual investir?

ETFs vs Fundos de Investimento.Foto:Istock.

ETFs vs Fundos de Investimento.Foto:Istock.

Com a diversidade de produtos financeiros disponíveis no mercado, muitos investidores se perguntam qual a melhor alternativa entre ETFs (Exchange Traded Funds) e os fundos de investimento tradicionais. Enquanto os fundos oferecem a gestão ativa de um portfólio, os ETFs proporcionam liquidez e menores custos, apontam analistas.

De acordo com Cauê Mançanares, CEO da Investo, os fundos de investimento tradicionais funcionam por meio de uma gestão ativa, na qual um gestor toma decisões de compra e venda de ativos na carteira. Esse modelo pode gerar ganhos relevantes, mas também traz o risco de desempenho inferior ao mercado, além de custos adicionais e menor liquidez.

“Dependendo do tamanho e da complexidade do portfólio, o investidor precisa esperar um prazo determinado para resgatar seus recursos”, explica.

Por outro lado, os ETFs são negociados na bolsa de valores (B3) e seguem índices de mercado, o que garante uma exposição ampla e diversificada.

“Nos ETFs, além de não haver a preocupação com descontos de impostos como IOF e come-cotas, há apenas o Imposto de Renda sobre o lucro na venda e a corretagem ao negociar as cotas”, destaca Mançanares. Outra vantagem dos ETFs é a alta liquidez , já que sua liquidação ocorre em D+1 ou D+2 , dependendo do ativo.

Para Evandro Medeiros, analista da Suno Research, ETFs não temáticos são investimentos superiores aos fundos de investimento, por conta da sua eficiência em custos, diversificação e por não estarem sujeitos aos vieses inerentes à natureza humana. “Fundos ativos precisam justificar suas taxas elevadas com desempenho superior, o que raramente acontece de forma consistente no longo prazo.”

Lembrando que esta semana temática tem o apoio da Suno e o patrocínio da Investo, a maior gestora independente de ETFs do Brasil. Acompanhe todos os conteúdos neste link.

Qual perfil de investidor deve optar por ETFs ou fundos?

Na escolha entre ETFs e fundos de investimento tradicionais, o perfil do investidor é um fator que deve ser levado em conta. Como os ETFs são negociados em bolsa, Mançanares aponta que esse tipo de investimento é bastante acessível. No entanto, existem ETFs para diferentes níveis de tolerância ao risco.

“Há ETFs bem conservadores, como o LFTS11, que investe em LFTs (Letras Financeiras do Tesouro) e apresenta baixíssima volatilidade. Por outro lado, existem ETFs voltados para perfis mais arrojados, que acompanham ativos mais voláteis”, afirma o CEO da Investo.

Segundo Medeiros, há ETFs que replicam índices de renda fixa, como o IMAB11 (Tesouro IPCA ou NTN-B), e de renda variável como o BOVV11 (Ibovespa). “Em mercados desenvolvidos como os EUA, é possível se expor a crédito privado das mais variadas qualidades de emissor. Portanto, o produto pode perfeitamente compor uma carteira balanceada, mas é preciso ser criterioso ao selecionar os ETFs”, diz.

Como está a situação destes segmentos no atual cenário macroeconômico?

O atual cenário macroeconômico tem sido um desafio para os fundos de investimento tradicionais, especialmente os de renda variável e multimercados, que apresentam dificuldades para superar seus benchmarks. Já os ETFs, por seguirem índices amplos e bem diversificados, tornam-se uma alternativa mais previsível e eficiente, dizem analistas.

“O mercado de ETFs tem a facilidade de acompanhar grandes índices e oferecer uma exposição global distribuída por meio de uma única cota”, afirma Mançanares. Esse fator torna o produto uma opção atrativa para quem busca proteção contra volatilidade, diversificação e custos mais baixos em relação aos fundos tradicionais.

Por outro lado, diz Medeiros, os investidores que buscam exposição à renda fixa podem aproveitar os juros reais elevados do Brasil por meio dos ETFs, garantindo bons retornos sem a necessidade de selecionar títulos individuais.

“Já quanto aos índices de Bolsa, como o Ibovespa, há ressalvas. O índice é concentrado em poucos setores, especialmente commodities e financeiro, o que pode limitar sua diversificação e aumentar a volatilidade. Para um investidor de longo prazo, pode fazer mais sentido buscar ETFs que sigam índices mais equilibrados ou que representem melhor o mercado doméstico”, comenta o analista da Suno Research.

Quais são os melhores ETFs de renda fixa?

Os ETFs de renda fixa têm ganhado espaço entre os investidores brasileiros que buscam praticidade e eficiência na gestão de seus portfólios.

Entre as opções disponíveis, os ETFs podem ser compostos por títulos prefixados, pós-fixados ou atrelados ao IPCA, índice que reflete a inflação no Brasil. Para quem busca proteção contra a alta dos preços, analistas recomendam os ativos com títulos IPCA+, que oferecem uma rentabilidade real acima da inflação.

Um ponto importante a ser considerado é a duration dos títulos — ou seja, o prazo médio dos papéis que compõem o fundo. Quanto mais longa a duration, maior tende a ser a volatilidade do ETF.

Um dos exemplos de ETFs é o LFTB11, que possui um cesta de títulos públicos pós-fixados. O produto combina Tesouro Selic e Tesouro IPCA+, com uma estratégia para proteção contra inflação nas alocações de caixa para curto e médio prazo.

Por fim, cabe ressaltar que os ETFs são líquidos, pois são negociados na bolsa, permitindo que os investidores comprem e vendam facilmente suas cotas durante o horário de funcionamento do mercado.

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