Ganhos entre 80% e 209%: dez ETFs superam com facilidade o Ibovespa em 2023; veja motivo

Apesar do forte desempenho da bolsa em 2023, com a maioria dos índices de ações da B3 encerrando o ano com altas superiores a 20%, os Exchange Traded Funds (ETFs) de maior destaque não estavam vinculados a esses índices. Mas, de acordo com levantamento da Economatica, dez ETFs bateram o Ibovespa com facilidade, com ganhos entre 80% a 209%.

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Todos eles têm algo em comum: são relacionados ao mercado de criptomoedas. 

Dos dez fundos de investimento com as maiores valorizações, apenas metade possuía mais de 10 mil cotistas. Quatro deles, inclusive, contavam com menos de 2 mil investidores.

CEO da Investo: “Valorizações expressivas e ETFs diversificados”

No entanto, nos últimos cinco anos, o número de investidores em ETFs cresceu significativamente, passando de 47 mil para 500 mil, de acordo com Cauê Mançanares, CEO e Co-fundador da Investo. “Em 5 anos, o número de investidores multiplicou em 10 vezes. Além disso, o número de produtos sendo disponibilizados aos investidores aumentou de forma significativa”, explica o executivo.

Quanto aos ganhos, em 2024, os analistas apontam que foram influenciados pelo movimento de recuperação do bitcoin e de outras criptomoedas após um período de baixa para essa classe de ativos. 

O ETF de maior destaque foi o Smart Hash CI (WEB311), com a gestão da Hashdex, que registrou uma alta de 209,86% no acumulado do período. O fundo busca repetir a  performance de tokens e dos chamados “smart contracts”, que são códigos que atestam a legitimidade das negociações que acontecem na “blockchain”

Outra ETF listada entre as melhores no ano, a BLOK11, que rastreia o desempenho dos principais ativos criptos de contratos inteligentes, teve uma valorização de 131%. Mançanares afirma que essa valorização reflete a retomada dos criptoativos.

O CEO da Investo enfatiza que os investidores podem obter valorizações expressivas sem a necessidade de selecionar moedas individuais, ao optar por ETFs diversificados. “Quem tinha investimento no ETF, que é diversificado, teve menos riscos, mais transparência e conseguiu se rebalancear. Conforme o mercado vai mudando, om investidor pôde ver uma valorização de 131% no ano”, pontua Mançanares.

Além das criptomoedas, outro setor com bons rendimentos foi o de private equity. O ETF PEVC11, que investe nas 10 maiores gestoras de private equity nos Estados Unidos, obteve um rendimento de 33% no ano. Os analistas comentam que optar por segmentos não correlacionados são uma opção para os investidores diversificarem suas carteiras.

10 ETFs que superaram o Ibovespa em 2023

Nome do FIITICKERRetorno no ano % em 2023
Smart HashWEB311209,8
Qr BitcoinQBTC11145,9
Etf Galaxy BBITI11135,2
Hashdex BtcnBITH11134,8
Investo BlokBLOK11131,4
Hashdex NciHASH11112,5
Cripto20 EmpCRPT1193,7
Qr EtherQETH1186,12
Defi HashDEFI1181,86
Hashdex EthETHE1180,57

ETFs: quais os riscos e vantagens?

No dinâmico mundo dos investimentos, as Exchange-Traded Funds (ETFs), também conhecidos como Fundos de Índice, tem ganhado crescente popularidade.

Com promessas de diversificação, liquidez e acessibilidade, os ETFs têm conquistado a atenção dos investidores, no entanto, como em qualquer empreitada financeira, há riscos e vantagens a serem considerados.

Os ETFs funcionam como uma cesta de ativos que buscam replicar o desempenho de um índice específico, como o Ibovespa e IFIX no Brasil ou o S&P 500 nos Estados Unidos.

Vantagens

Uma das principais vantagens dos ETFs é a diversificação instantânea que oferecem.

Ao investir em um ETF, o cidadão adquire uma fatia de várias empresas, o que reduz o impacto de um mau desempenho de uma única companhia em sua carteira.

Além disso, a negociação de ETFs ocorre em bolsas de valores, proporcionando liquidez e facilidade de compra e venda, sem a necessidade de resgatar ações individuais.

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Riscos

Uma preocupação é a volatilidade do mercado. Embora a diversificação seja uma vantagem, flutuações no mercado podem afetar o valor líquido do fundo. Como ocorreu durante a crise financeira de 2008, quando os preços dos ativos caíram abruptamente, os ETFs não são imunes a perdas significativas.

Ademais, a gestão passiva dos ETFs, que busca apenas replicar o índice, pode limitar o potencial de ganhos quando comparada a gestão ativa de um fundo tradicional.

Outra questão relevante é a taxa de administração. Enquanto os ETFs geralmente possuem taxas mais baixas em comparação com fundos mútuos, ainda assim é fundamental analisar esses custos. Uma taxa aparentemente pequena pode acumular-se ao longo do tempo e afetar os retornos a longo prazo.

Investidores devem investigar cuidadosamente as despesas envolvidas em um ETF específico antes de investir.

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Vinícius Alves

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