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ETFs de renda fixa ou de renda variável: saiba qual o melhor para você

ETFs de renda fixa ou de renda variável: saiba qual o melhor para você

ETFs de renda fixa ou de renda variável: saiba qual o melhor para você. Foto: Freepik

No mundo dos investimentos, os ETFs (Exchange Traded Funds) representam uma opção prática e acessível para diversificar a carteira. Esses fundos de índice negociados em Bolsa replicam o desempenho de um indicador específico e permitem que os investidores exponham seu capital a um conjunto de ativos com apenas um único produto.

Embora os ETFs de renda variável sejam mais populares, sendo expostos a ações e outros ativos do mercado, também existem os ETFs de renda fixa, que acompanham indicadores ligados a títulos de dívida e outros ativos de menor volatilidade. Mas afinal, a que tipo de investidor cada um deles é mais indicado?

Lembrando que esta semana temática tem o apoio da Suno e o patrocínio da Investo, a maior gestora independente de ETFs do Brasil. Acompanhe todos os conteúdos neste link.

A quem é mais indicado investir em ETFs?

Para Alessandra Gontijo, CCO da Investo, alguns fatores são importantes para guiar o investidor na hora de construir uma carteira diversificada, dentre eles, o perfil de risco, os objetivos e o horizonte de investimentos.

“É importante balancear a exposição em cada uma das classes de ativos para saber quanto alocar em um ETF de renda fixa com baixa volatilidade ou em um ETF de renda variável com mais exposição a risco”, destaca Gontijo.

Já Guilherme Almeida, Head de Renda Fixa da Suno Research, destaca que o racional da decisão de investir em um ETF dos dois tipos é o mesmo ao avaliar uma alocação em renda fixa ou renda variável, de forma geral.

Almeida explica que os ETFs de renda fixa são mais indicados para investidores que buscam menor volatilidade e querem uma forma prática de investir em títulos de dívida, sem a necessidade de escolher papéis individualmente.

Já os ETFs de renda variável são voltados para os investidores que aceitam maior risco em detrimento de um maior potencial de valorização no longo prazo. Assim, são investimentos recomendados para os que possuem um horizonte maior de investimento e toleram oscilações no mercado.

Qual ETF tende a ser mais interessante no cenário atual brasileiro?

A CCO da Investo acredita que o cenário brasileiro de juros e inflação elevados pode favorecer a busca dos investidores pelos ETFs de renda fixa, como o LFTB11, por exemplo, que representa uma carteira de títulos públicos, em que 91% estão atrelados à taxa Selic e 9% à inflação.

Por outro lado, os ETFs de renda variável também devem ser considerados pelo investidor, visto que, de acordo com a especialista, existem “diferentes maneiras e produtos eficientes para se beneficiar dessa classe de ativos”.

Como exemplo, ela traz o BXPO11, um ETF da Investo de mercado exportador. que investe nas principais empresas brasileira que possuem mais de 50% da receita proveniente do exterior. Com ele é possível manter uma exposição em bolsa brasileira e ao mesmo tempo se beneficiar da valorização do dólar.

Guilherme Almeida concorda que o ambiente tem sido mais propício para a exposição à renda fixa desde 2024, dado o patamar elevado das taxas de juros, além das perspectivas de mais aumentos durante 2025.

“Em um ambiente de juros elevados, como o de agora, os ETFs de renda fixa podem oferecer bons retornos. Por outro lado, caso haja um ciclo de queda na taxa de juros, os ETFs de renda variável tendem a se beneficiar”, afirma.

ETFs de renda fixa e renda variável: vantagens e desvantagens

Para Alessandra Gontijo, uma das vantagens dos ETFs de renda fixa é a diversificação, já que o investidor poderá acompanhar a performance de um conjunto de títulos alocando capital em um único ETF.

Assim, ele pode refletir o desempenho do mercado da renda fixa em sua carteira sem necessariamente adquirir diversos títulos de forma individual, ou seja, sem precisar reinvestir o valor a cada vencimento. Além disso, o ETF costuma ter maior liquidez e diminuir o risco relacionado a um único ativo. 

Diferentemente de investir em alguns ativos de renda fixa de forma direta, nos ETFs não há cobrança de IOF e nem mesmo de come-cotas. Nesse caso, a alíquota de imposto de renda segue o prazo médio de repactuação dos títulos em carteira. Conforme o prazo dos títulos é maior, a alíquota também tende a diminuir.

Enquanto isso, a vantagem de investir em ETFs de renda variável é que eles permitem que o investidor se exponha de forma diversificada ao mercado de ações brasileiro ou global, o que reduz as falhas associadas a um investimento de “stock-picking”.

Por meio dos ETFs de renda variável, é possível que o investidor tenha seu capital investido em centenas ou até mesmo milhares de empresas comprando uma cota, gerando também um baixo custo relacionado à taxa de administração.

A principal desvantagem dos ETFs, sejam eles de renda fixa ou de renda variável, é que o investidor não pode alterar a composição dos fundos de índice, pois ele é estruturado para replicar um índice pré-determinado. Assim, não há possibilidade de ajustar a alocação dos ativos de acordo com as preferências pessoais do investidor.

Guilherme Almeida vai além e destaca uma desvantagem adicional dos ETFs de renda fixa, que é o fato de sua precificação ser mais volátil do que a de títulos que são mantidos até o vencimento, considerando que os preços variam conforme a relação de oferta e demanda do produto em questão.

Como escolher ETFs de renda fixa ou de renda variável?

Para a CCO da Investo, montar um portfólio de ETFs envolve, primeiramente, definir quais áreas de investimento se deseja explorar. Independentemente de optar por ativos de renda fixa ou variável, o ideal é fazer uma alocação balanceada que ofereça diversificação e exposição tanto ao mercado interno quanto ao internacional.

No caso dos ETFs de renda fixa, ela explica que a Investo conta com opções que se dividem em duas frentes: títulos brasileiros e internacionais. No mercado nacional, alguns exemplos de ETFs são LFTS11, NTNS11 e LFTB11, enquanto alguns com exposição no exterior são USDB11 e BNDX11.

Já nos exemplos de ETFs de renda variável, a Investo conta com o ETF WRLD11, que investe em mais de 9 mil empresas espalhadas por 49 países, além do USTK11, que é dedicado ao setor de tecnologia americana.

Já para o head de renda fixa da Suno Research, o primeiro ponto é entender a composição da carteira do ETF de renda fixa, ou seja, quais tipos de títulos ele carrega. Existem ETFs que investem em títulos públicos, privados, indexados à inflação, pós-fixados ou prefixados, cada um com características próprias.

Outro fator essencial é a duração média da carteira do ETF de renda fixa, que mede a sensibilidade do fundo às variações na taxa de juros.

Almeida explica que os ETFs com títulos de longo prazo tendem a ser mais voláteis, pois seus preços oscilam mais conforme às expectativas do mercado, enquanto ETFs com títulos de curto prazo sofrem menos impacto.

Os custos e tributações também devem ser analisados, além da liquidez, que é um aspecto importante pelo fato dos ETFs serem negociados em bolsa.

Ademais, escolher os ETFs ideais para a carteira, seja de renda fixa ou renda variável, demanda uma análise cuidadosa do perfil de risco do investidor e de como cada ativo se encaixa na estratégia de alocação.

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