ETFs e aposentadoria: como construir uma carteira para viver de renda?
Opção prática para quem deseja diversificar a carteira com a possibilidade de investir em empresas de todo o mundo, os ETFs (Exchange Traded Funds) também se mostram como uma oportunidade acessível e de bons resultados para quem quer acumular patrimônio e formatar a construção de uma renda passiva focada na aposentadoria.

Por meio de uma carteira com ETFs e outros ativos de renda fixa e renda variável, o investidor pode aumentar seu patrimônio com o passar do tempo, contribuindo assim com sua aposentadoria no futuro.
Na visão dos especialistas consultados pelo Suno Notícias, os ETFs podem ser utilizados dentro de uma estratégia diversificada de longo prazo, principalmente na fase de acumulação de capital.
Os fundos de índice permitem uma alocação eficiente e de baixo custo, com bastante diversificação e com retornos relevantes. Tudo isso é essencial para uma carteira previdenciária.
“É possível montar estratégias complementares e construir um portfólio diversificado em geografia, setores, moedas e risco”, diz Alessandra Gontijo, CCO da Investo, gestora que tem uma série de fundos desse segmento em seu portfólio.
“A flexibilidade de negociação dos ETFs, comprados e vendidos na Bolsa, facilita o ajuste da carteira conforme as necessidades e objetivos do investidor evoluem ao longo do tempo”, explica Jonata Tribioli, diretor de Educação Financeira e Imobiliária do Grupo NeoBR.
É importante destacar também que investir para aposentadoria exige paciência e uma estratégia de longo prazo.
Lembrando que esta semana temática tem o apoio da Suno e o patrocínio da Investo, a maior gestora independente de ETFs do Brasil. Acompanhe todos os conteúdos neste link.
ETFs, ações ou FIIs? A escolha deve ser cuidadosa
Na hora de garantir a tranquilidade para o futuro, o investidor deve pensar com cautela e entender que, como toda modalidade de investimento, os ETFs têm riscos que devem ser considerados.
Na comparação com ações de empresas listadas e cotas de FIIs, por exemplo, todos apresentam vantagens e desvantagens.
Jonata Tribioli destaca que os ETFs oferecem diversificação automática e gestão profissional, reduzindo o risco específico de uma empresa, mas podem cobrar taxas, enquanto o investimento direto em ações permite selecionar empresas com altos dividendos e aproveitar a isenção de IR. “Mas isso exige maior conhecimento, tempo para análise e implica em riscos mais concentrados”, explica o analista.
Os FIIs, por sua vez, proporcionam rendimentos recorrentes isentos de IR e exposição ao mercado imobiliário com menor necessidade de capital inicial, mas estão sujeitos a riscos específicos do setor, como vacância e inadimplência.
“Cada opção possui pontos positivos e negativos, e a escolha deve alinhar-se aos objetivos financeiros, tolerância ao risco e horizonte de investimento do indivíduo”, explica Tribioli.
Leandro Lopes, fundador da Septem Capital, reforça a dica de que as três opções estão sujeitas a benefícios e riscos, e por isso reforça a importância da diversificação e do acompanhamento dos resultados. E destaca que o investidor que pensa na aposentadoria, seja qual for sua escolha, tem que tomar cuidado com o uso dos dividendos.
“Os dividendos não são ‘brindes’, mas fazem parte da rentabilidade. O ideal é reinvesti-los para acumular maior patrimônio e, na fase de usufruto do valor acumulado, usar a distribuição de renda para organizar o fluxo de caixa de quem está usufruindo do patrimônio, gerando uma espécie de salário e evitando gastos excessivos”, explica o especialista.
Dividendos contribuem para acumulação de capital
Lopes reforça a ideia de que a variedade de opções, entre ETFs de renda variável, renda fixa e commodities, entre outras estratégias, e a flexibilidade de negociação ajudam a equilibrar a carteira conforme o perfil de risco e o horizonte de aposentadoria.
“Quando mais jovens, os investidores podem ter maior exposição à renda variável; conforme a aposentadoria se aproxima, o peso da renda fixa pode ser aumentado para reduzir riscos”, explica o especialista da Septem.
Ele aponta ainda que, enquanto alguns ETFs pagam dividendos periodicamente, outros optam pela reaplicação automática desses recursos, de forma a valorizar as cotas e ampliar o patrimônio líquido. “Ao optar por ativos que não efetuem a distribuição de rendimentos, há uma maior eficiência fiscal, além da simplificação na diversificação da carteira”, diz Lopes.
Alessandra Gontijo, da Investo, reitera a vantagem desse tipo de investimento para quem pensa em juntar capital para viver com tranquilidade ao deixar de trabalhar. “Os ETFs conhecidos por reinvestir automaticamente seus dividendos se aiinham com o objetivo de acumular patrimônio ao longo do tempo para a aposentadoria”, conclui a gestora.