O mercado de ETFs (Exchange Traded Funds, ou fundos de índice) no Brasil continua em expansão e atingiu a marca expressiva de R$ 58 bilhões em patrimônio em janeiro de 2025, segundo dados do mais recente Boletim de ETFs da B3. A seguir, o Decodificador de Investimentos da Status Invest Assessoria te explica os motivos da ascensão desse tipo de ativo.
O número representa um crescimento de 7,4% em relação a dezembro de 2024, quando o patrimônio dos ETFs estava em R$ 54 bilhões. Do montante total, R$ 34 bilhões estão alocados com investidores institucionais, enquanto R$ 19 bilhões pertencem a pessoas físicas.
Em termos de segmentação, a maior fatia do patrimônio está concentrada em ETFs de renda variável local, com R$ 26,51 bilhões, seguida pelos ETFs de renda variável internacional, com R$ 22,40 bilhões, e de renda fixa local, com R$ 8,97 bilhões.
O único indicador que apresentou queda no período foi o volume mensal de negócios, que recuou de R$ 1,9 bilhão para R$ 1,5 bilhão.
Decodificador de investimentos
A seguir, Felipe Holler, assessor na Status Invest Assessoria de Investimentos, te explica mais sobre o investimento em ETFs.
Os ETFs são fundos de índice negociados em Bolsa que replicam o desempenho de um indicador específico, permitindo que os investidores acessem uma cesta diversificada de ativos através de um único produto.
O crescimento expressivo desse mercado pode ser explicado por várias características atrativas: custos menores em comparação aos fundos tradicionais, maior liquidez por serem negociados em bolsa e tratamento tributário diferenciado – não há incidência de IOF nem come-cotas, apenas Imposto de Renda sobre o lucro na venda.
O atual cenário macroeconômico, marcado por juros e inflação elevados, tem impulsionado especialmente os ETFs de renda fixa.
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Um exemplo é o LFTB11, da Investo, que oferece exposição a uma carteira de títulos públicos – 91% atrelados à Selic e 9% à inflação – sendo uma alternativa interessante para investidores mais conservadores que buscam proteção contra a volatilidade do mercado.
Para quem busca exposição ao mercado de ações, os ETFs de renda variável se apresentam como uma alternativa ao stock-picking tradicional, especialmente em um momento em que muitos fundos ativos têm dificuldade para superar seus benchmarks.
A alta do dólar também tem atraído investidores para ETFs com exposição internacional, como o WRLD11 e o USDB11, que permitem a dolarização da carteira sem necessidade de operar diretamente no mercado de câmbio.
O crescimento consistente do patrimônio dos ETFs sugere que esses ativos têm conquistado espaço como alternativa aos fundos tradicionais, oferecendo aos investidores uma forma inteligente e estratégica de diversificação.
Entenda como investir nesse cenário
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