O primeiro ETF (Exchange Traded Funds) vinculado ao mercado futuro de Bitcoin (BTC) fará sua estreia oficial na Bolsa de Nova York (NYSE) na próxima terça-feira (19), sob o ticker “BITO”. Criado pela ProShares ETFs, o fundo recebeu o aval da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) na última sexta-feira (15).
Denominado ProShares Bitcoin Strategy ETF, o fundo a ser lançado é o primeiro do gênero e marca o fim de uma batalha de oito anos pela aprovação do ativo. Em documento divulgado nesta segunda-feira (18), a empresa disse o seguinte:
“O ‘BITO‘ abrirá a exposição ao Bitcoin para um grande segmento de investidores que têm uma conta de corretagem e se sentem confortáveis comprando ações e ETFs, mas não desejam passar pela dificuldade e curva de aprendizado de abrir outra conta com um provedor de criptomoeda… Ou estão preocupados que esses provedores possam ser desregulamentados e sujeitos a riscos de segurança. ”
De acordo com a CNBC, o preço do Bitcoin subiu mais de 2% nesta manhã, para US$ 62.042. A expectativa é de que a criptomoeda alcance um novo recorde, superior a US$ 64 mil nesta semana, acima do registrado em abril (US$ 63.544).
Marco de regulamentação do Bitcoin
Os ETFs futuros de Bitcoin também serão um grande feito regulatório para o mercado de cripto, afirmam as fontes da CNBC. Outros quatro provedores de ETF esperam avançar nas negociações com a SEC para a criação de mais ativos do gênero neste mês.
Há muito essas empresas lutam para consolidar o lugar da criptografia no altamente regulamentado mundo de fundos do mercado financeiro americano. O mais próximo é o da Invesco, que pode chegar ainda esta semana.
Todos os ETFs serão referenciados em contratos futuros de Bitcoin e não no preço à vista. De acordo com o site americano, a SEC está preocupada com uma potencial falta de liquidez do ativo e o risco de manipulação dos preços nas bolsas à vista.
Isso porque essa safra de ETFs fica aquém do que o mercado de criptografia quer: fundos que investem diretamente em criptomoedas. Desde 2017, pelo menos 10 gestores de ativos buscaram aprovação para lançar ETFs de Bitcoin à vista.
Investir em um ETF rastreado em futuros não é a mesma coisa que investir diretamente em Bitcoin. Um contrato futuro é um acordo para comprar ou vender um ativo em uma data futura a um preço combinado. Agora, as gestoras esperam que a permissão desses ETFs abra caminho para fundos de Bitcoin à vista.
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