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Eternit (ETER3) sai de recuperação judicial após seis anos de reestruturação

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A Eternit é líder nacional de mercado no segmento de coberturas. (divulgação)

Após mais de seis anos de intensa reestruturação, a Eternit (ETER3) anunciou que a Justiça aprovou o encerramento de seu processo de recuperação judicial.

O processo de reestruturação da Eternit incluiu a venda de ativos não operacionais e a antecipação do pedido de recuperação judicial.

Além disso, a pandemia deu um incremento no setor de construção civil, o que valorizou os ativos da empresa e auxiliou na superação da crise.

A empresa já provisionou R$ 54 milhões para enfrentar possíveis ações judiciais no futuro.

Agora, com a recuperação judicial encerrada, a Eternit busca diversificar seu portfólio para evitar dependência excessiva de um único negócio.

A empresa está explorando novos mercados, como sistemas construtivos e energia fotovoltaica, com planos para expandir sua produção de telhas solares em 2026.

O resultado da Eternit será divulgado no dia 16 de agosto, mostrando como ficará o futuro da companhia pós recuperação judicial.

Eternit entrou em recuperação judicial após proibição do amianto

A Eternit entrou em recuperação judicial em 2018, principalmente devido à proibição do uso de amianto no Brasil, material crucial para seus produtos. A proibição veio de medida do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2017, que considerou a natureza cancerígena do amianto e a impossibilidade de uso seguro.

A empresa fez uma transição difícil para o uso de fibra de polipropileno. Essa nova matéria-prima, que exige maior cuidado no processo produtivo, agora responde por dois terços do faturamento da Eternit.

Apesar da proibição do amianto no Brasil, a Eternit ainda mantém a extração do material em Minaçu, Goiás, com base em uma lei estadual que permite a exportação do minério. No entanto, essa legislação é contestada, o que cria incertezas para o futuro da mina e para a própria empresa.

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