Vale confirmou a movimentação no talude norte (estrutura que envolve o rejeito do minério) da Cava de Gongo Soco, em Barão de Cocais, Minas Gerais, a estrutura da mina pode se romper entre os dias 19 e 25 de maio. De acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, a estrutura da Cava está se deslocando cerca de quatro centímetros por dia e, em caso de ruptura, pode atingir a Barragem Sul Superior.
Devido a possibilidade de rompimento, o Ministério Público de Minas Gerais expediu, na última quinta-feira (16) a recomendação para que a Vale informe a população local sobre os riscos, danos e impactos de um possível rompimento da Barragem do Sul Superior.
De acordo com a Vale, a cava da mina fica a 1,5 quilômetro da barragem e não há “elementos técnicos até o momento para se afirmar que o eventual escorregamento do talude Norte da Cava da Mina Gongo Soco desencadeará gatilho para a ruptura da Barragem Sul Superior”.
A empresa afirmou que a cava e a barragem são monitoradas 24 horas por dia. A barragem da Cava de Gongo Soco é igual a de Brumadinho (MG) que se rompeu em 25 de janeiro.
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Novo teste
Devido ao risco de rompimento, o tenente coronel da Defesa Civil de Minas Gerais, Flávio Godinho, afirmou na última quinta, que no sábado (18) às 15h será feito um novo simulado de rompimento da Barragem Sul Superior.
De acordo com o tenente coronel, não é possível mensurar o tamanho da estrutura que pode ruir da cava da Mina de Gongo Soco. No entanto, o rompimento pode gerar forte abalo e, com isso, pode acontecer um gatilho para liquefação podendo romper a barragem.
Por volta das 11h10, as ações da Vale subiam +0,78% sendo negociadas a R$ 46,76.