‘Estou confiante de que o crescimento virá’, afirma presidente do Itaú

Candido Bracher, presidente do Itaú Unibanco (ITUB3; ITUB4), disse estar confiante com a retomada da economia brasileira. O executivo disse que o Brasil pode retomar o rumo do crescimento, a despeito do mundo estar na direção oposta, dada a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) dos países mais ricos.

“Temos todos os elementos alinhados para o país poder crescer e eu estou confiante que esse crescimento virá. Naturalmente, o mundo está indo na direção contrária”, disse o presidente do Itaú Unibanco à imprensa, após uma reunião com analistas, em São Paulo, na última terça-feira (3).

O cenário macroeconômico para o Itaú

Na última quinta-feira (29), foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o crescimento do PIB no segundo trimestre deste ano. O crescimento de 0,4% foi acima das expectativas dos analistas, que esperavam uma alta de 0,2%.

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Em comparação ao segundo trimestre de 2018 o avanço foi de 1%. No acumulado do ano, a alta é de 0,7%. Entretanto, outros indicadores da economia mostram certa desaceleração, como a produção industrial que apresentou o pior resultado para o mês de julho desde 2015, com uma queda de 0,3%.

Confira: PIB do segundo trimestre cresce 0,4% e supera expectativas

Bracher disse enxergar com bons olhos que o dólar tenha ultrapassado a faixa de R$ 4, embora este não fosse o prognóstico esperado no início do ano. Para o presidente do Itaú Unibanco, com a reforma da Previdência, a expectativa era de que a moeda norte-americana estivesse cotada entre R$ 3,60 e R$ 3,70.

Além da instabilidade no âmbito econômico, para Bracher, a baixa do dólar não se confirmou pela queda da taxa básica de juros (Selic), que hoje está em seu menor nível na série histórico, a 6%.

“Todo resto eu atribuo à queda da taxa de juros. O Brasil durante muito tempo era a moeda estável que pagava maior juro do mundo. Agora está pagando 6% e já, já vai estar pagando 5%. Isso desestimulou muita gente a ficar vendido em dólar e comprado em real”, explicou o executivo.

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Além disso, para ele, “a taxa de câmbio nesses níveis é excelente para exportações”, o que é positivo na balança comercial.

Em referência sobre o setor financeiro, Bracher continua otimista. Segundo ele, as novas operações de crédito do Itaú Unibanco estão crescendo “num ritmo bem melhor que no ano passado”.

Jader Lazarini

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