As empresas estatais brasileiras registraram um resultado liquido de R$ 109,1 bilhões em 2019, segundo balanço apresentado pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira (9). O resultado representa uma alta de 53% em relação ao resultado de 2018 e é o maior valor desde 2008.
Segundo o Ministério da Economia, as empresas do setor financeiro tiveram o melhor resultado, com lucro líquido de R$ 59 bilhões em 2019 ante R$ 31 bilhões em 2018.
As estatais do chamado setor produtivo registraram lucro de R$ 51,9 bilhões em 2019, na comparação com os R$ 39,2 bilhões de 2018. Já as estatais dependentes do Tesouro Nacional tiveram resultado negativo em R$ 1,8 bilhão, abaixo do lucro de R$ 1,1 bilhão em 2018.
Há diversas opções de empresas estatais, como petroleiras, empresas de saneamento e companhias do setor financeiro, por exemplo, com algumas listadas na B3, a bolsa de valores de São Paulo, inclusive.
O programa de desestatização do governo federal continua. O número de empregados das empresas estatais foi reduzido em 3,7% em 2019, agora na casa dos 476 mil.
“Da redução total do quantitativo de pessoal das estatais, cerca de 3.500 posições decorreram das desestatizações do período, e o restante foi, em grande parte, resultado da implementação de programas de desligamento voluntário de empregados (PDVs), cuja estimativa de economia na folha de pagamentos é da ordem de R$ 2,10 bilhões”, informou o jornal “O Estado de S. Paulo” sobre as estatais.
No ano passado, o resultado já vinha sendo positivo. De acordo com a consultoria da Economatica, sistema de análise de ações e fundos, as três maiores estatais de capital aberto brasileiras tiveram o maior lucro líquido da história no segundo trimestre de 2019.
O lucro líquido ajustado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Banco do Brasil, Petrobras e Eletrobrás registrou R$ 28,6 bilhões. Trata-se do maior valor registrado pelas estatais considerando os valores históricos ajustados pela inflação.
Além disso, de acordo com a pesquisa, o lucro da Petrobras foi um dos fatores que fez as estatais juntas registrarem alta.