O governo dos Estados Unidos afirmou que não irá apoiar o Brasil na tentativa de entrar para a Organização Para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A informação pegou o público de surpresa, já que há alguns meses as autoridades dos EUA disseram, publicamente, que apoiavam o Brasil.
Em março, o presidente norte-americano Donald Trump afirmou que apoiava o Brasil a fazer parte do grupo que conta com 36 países. O discurso foi feito na Casa Branca, ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro. Após isso, no mês de julho, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, também mostrou apoio ao Brasil nessa tarefa, em uma visita a cidade de São Paulo.
Os EUA apoiam uma extensão da OECD e uma eventual entrada do Brasil no grupo, porém estão trabalhando para que Romênia e Argentina entrem primeiro para a organização. Isso porque os norte-americanos acham que esses países tem mais comprometimento com o livre mercado. Vale ressaltar que o pedido de adesão do Brasil à OCDE foi feito em maio de 2017.
Veja também: OCDE reduz as projeções para o crescimento mundial
De acordo com a cópia de um documento que foi enviado ao secretário geral da OCDE, Angel Gurria, o secretário de Estado dos EUA, Michael Pompeo, recusou um pedido para debater a ampliação da organização. “Os EUA continuam a preferir o alargamento a um ritmo medido que leva em consideração a necessidade de pressionar pelo planejamento de governança e sucessão”, diz a carta.
A OCDE foi fundada em 1961 e informa em seu site que “molda políticas que promovem prosperidade, igualdade, oportunidade e bem-estar para todos.” Participar da OCDE é, para os países que entram no grupo, uma forma de dizer aos outros que sua nação está progredindo economicamente.
O apoio dos Estados Unidos ao Brasil, neste quesito, no começo do ano, foi um dos primeiros ‘benefícios’ advindos do alinhamento do governo Bolsonaro com Trump.
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