Payroll: Estados Unidos (EUA) criam 339 mil empregos, superando estimativa de analistas; Taxa de desemprego sobe em maio
A economia dos Estados Unidos gerou 339 mil empregos em maio, informou nesta sexta-feira, 2, o Departamento do Trabalho, em publicação do relatório de empregos (payroll) do mês passado.
O resultado veio acima da mediana das expectativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de 200 mil. Já a taxa de desemprego dos Estados Unidos subiu de 3,5% em abril para 3,7% em maio, ante projeção de queda a 3,4% dos analistas.
O salário médio por hora teve crescimento de 0,3% em maio, na comparação com abril, em linha com a projeção de analistas. Já na comparação anual, o crescimento foi de alta de 4,3%, ante previsão de alta de 4,4%. A taxa de participação da força de trabalho permaneceu a 62,6% em maio ante abril.
O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos ainda revisou a criação de empregos em meses anteriores. Em abril, o número foi revisado de 253 mil a 294 mil vagas geradas, enquanto em março, ele mudou de 165 mil a 217 mil.
Aumento do teto da dívida dos EUA preserva liderança financeira do país, diz Yellen
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse estar satisfeita com a aprovação no Senado do aumento do teto da dívida americano, na noite desta quinta-feira, 1º. Após iniciar em maio os alertas sobre a possibilidade de um calote do país, Yellen afirma que o acordo bipartidário “preserva a liderança financeira” dos Estados Unidos.
“Estou satisfeita porque, sob a liderança do presidente [Joe] Biden, o Congresso aprovou uma legislação bipartidária para suspender o limite da dívida e evitar o primeiro calote da história dos EUA. Essa legislação protege a plena fé e o crédito dos Estados Unidos e preserva nossa liderança financeira, que é fundamental para nosso crescimento econômico e estabilidade”, disse, em comunicado divulgado.
Yellen também disse que o acordo bipartidário “protege contra esforços para reverter a agenda econômica central do presidente – uma que contribuiu para uma recuperação econômica historicamente forte e resiliente”. “O Congresso tem o dever de garantir que os Estados Unidos possam pagar suas contas em dia, e continuo a acreditar firmemente que a plena fé e o crédito dos Estados Unidos nunca devem ser usados como moeda de troca.”
Segundo a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, o foco agora é continuar cumprindo a agenda econômica do presidente e a implementar efetivamente a Lei de Redução da Inflação.
Payroll: “Dados podem tirar um pouco da pressão para aumento de juros”
“Logo que o Payroll nos EUA foi anunciado, revelando a criação de 209 mil empregos, abaixo do que era esperado e demonstrando uma desaceleração econômica, o dólar começou cair, os títulos do governo americano também recuaram, assim como as taxas futuras, enquanto o Euro reagiu com uma forte valorização”, comenta Bruno Perottoni, diretor de tesouraria do Braza Bank.
“No entanto, cerca de meia hora depois, o cenário era outro e o mercado começou a se acomodar, num movimento de correção. Agora, é claro que o arrefecimento da atividade econômica pode tirar um pouco da pressão para aumento de juros, mas um dado só não será capaz de mudar o cenário. Vamos precisar de uma combinação de outros índices”, complementa Perottoni.
“Com os dados de ontem, a probabilidade do Fed elevar mais duas vezes os juros por lá aumentou, com os dados de hoje as “apostas” ficam divididas entre uma alta ou duas, então quem ontem reajustou a posição na moeda americana para 2 altas de juros no ano, com o dado de hoje do payroll, deve reduzir essa posição, e isso traz alivio para o mercado, com bolsas subindo e dólar perdendo força”, diz Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital.
(Com informações de Estadão Conteúdo)