Os Estados Unidos anunciaram oficialmente o apoio à entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). A declaração foi feita em Paris durante uma reunião da entidade.
Dessa forma, Donald Trump cumpre o que prometeu a Jair Bolsonaro durante sua visita aos Estados Unidos, em março. O político americano garantiu o apoio à entrada do Brasil na OCDE, mas não havia oficializado nada até então.
Contudo, a promessa de apoio dos EUA só foi conseguida com condições. Assim, o presidente brasileiro se comprometeu a abrir mão do tratamento especial na Organização Mundial do Comércio (OMC). A classificação na OMC era de direito brasileiro pelo fato do País ser uma das nações emergentes.
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Até então, os Estados Unidos apoiavam a entrada da Argentina à OCDE e eram contra o ingresso do Brasil. Contudo, o País entrou na lista das nações que devem fazer parte da organização, ao lado do vizinho latino e também da Romênia.
Apesar disso, ainda haveria um obstáculo com países europeus. Isso porque o bloco defende a entrada de outro membro do seu continente, a Bulgária. E, por sua vez, os Estados Unidos não estariam dispostos a expandir tanto a organização.
Reação brasileira
Em comemoração, o Itamaraty exaltou a decisão dos Estados Unidos. O órgão fez isso através de sua conta no Twitter. Desse modo, o ministério retuitou o post da embaixada dos Estados Unidos em Brasília.
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Na publicação, o órgão afirma “Os Estados Unidos mantêm seu apoio ao Brasil para o início do processo de adesão à OCDE, como anunciado em 19 de março na declaração do presidente dos Estados Unidos, de Jair Bolsonaro”.
Os Estados Unidos mantêm seu apoio ao #Brasil para início do processo de adesão à #OECD (OCDE), como anunciado em 19 de março, na declaração do @POTUS, de @JairBolsonaro e pela @WHAAsstSecty https://t.co/IrRzG5bgvE
— Embaixada EUA Brasil (@EmbaixadaEUA) May 23, 2019
OCDE
A organização está sediada em Paris, na França, e conta com algumas das principais economias do mundo. Entre os seus 36 países-membros, cuja maioria tem elevado PIB per capita e IDH, somente dois são da América Latina: México e Chile.
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Contudo, o apoio americano não significa que o País está automaticamente dentro da organização. Significa, apenas que os Estados Unidos deixou de vetar o Brasil para se candidatar.
A inserção do País no “Clube dos Ricos” ajudaria o governo a implementar políticas para combater a desigualdade. Essa conquista se daria através da grande disponibilidade de informações, coletadas de diversos países-membros. Além disso, com essas informações, o Brasil seria capaz de alcançar uma estabilidade financeira e um crescimento econômico melhor.
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