O governo dos Estados Unidos adiou a imposição de tarifas de 10% sobre produtos da China. A decisão foi comunicada pelo escritório do representante de Comércio norte-americano, Robert Lighthizer, nesta terça-feira (13).
Segundo o governo dos Estados Unidos, as tarifas não serão mais aplicadas no dia 1º de setembro, mas em 15 de dezembro. A taxação é válida para eletrônicos, como telefones celulares, laptops, videogames, monitores de computador, itens de vestuário e calçados.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a decisão de adiar os encargos ocorreu para que a população norte-americana não fosse prejudicada nas compras de Natal.
Pouco tempo antes do anúncio, o vice-Premiê da China, Liu He, conversou com Robert Lighthizer e com o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, via telefone.
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Reação positiva dos mercados mundiais
Os mercados do mundo inteiro reagiram de forma positiva à prorrogação das tarifas.
No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo saltou de 101 mil pontos para a casa dos 103 mil após a divulgação do governo norte-americano. Por volta das 11h30, o Ibovespa operava em alta de 1,73%, a 103.680 pontos.
Assim, o principal indicador da B3 voltou a registrar alta após os resultados negativos obtidos na última segunda-feira (12), por conta das eleições primárias na Argentina.
O dólar iniciou o dia cotado em R$ 4,00, às 10h30, mas também recuou. Por volta das 14h30, a moeda norte-americana operava em queda de -0,568%, negociada a R$ 3,9605 na venda.
Nos Estados Unidos, os principais indicadores da Bolsa também estão operando em alta. Confira os resultados, por volta das 14h50:
- Dow Jones: alta de 1,48%;
- S&P 500: ganho de 1,52%;
- Nasdaq Composite subiu 1,97%.
Guerra comercial entre Estados Unidos e China
Nos últimos meses, a guerra comercial entre China e EUA tem deixado os investidores receosos. A tensão entre os países é marcada pela imposição de tarifas comerciais.
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Ao anunciar as tarifas, Trump explicou que as novas taxas não valerão para os produtos que já foram tarifados. Desde o início das tensões, US$ 250 bilhões em bens já foram penalizados com tarifas de 25%. Conforme o presidente, as negociações com o país asiático devem continuar.
“Estamos ansiosos para continuar nosso diálogo positivo com a China sobre um acordo comercial e sentir que o futuro entre os dois países será brilhante”, escreveu o presidente dos Estados Unidos no Twitter.
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