O Parlamento da Espanha votou contra a proposta de lei orçamentária apresentada pelo governo. O voto desta quarta-feira (13) é uma grave derrota para o primeiro-ministro, o socialista Pedro Sánchez.
O governo espanhol não conseguiu manter compacta sua maioria parlamentar após as negociações iniciadas com os independentistas catalães. O primeiro-ministro tinha iniciado nos últimos dias contatos com forças a favor da independência da Catalunha. Uma decisão que foi alvo de duras críticas por parte de muitos partidos políticos, que defendem a unidade da Espanha. E também que gerou uma grande manifestação de protesto no domingo em Madri, onde participaram mais de 45 mil pessoas.
Crise parlamentar
Sánchez tem o apoio de menos de um quarto do Parlamento espanhol, sendo que o seu partido, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) tem apenas 84 assentos em 350 no Congresso dos Deputados. Sua maioria é baseada no suporte externo do partido de extrema esquerda Podemos e dos nacionalistas catalães, além de outros partidos menores. Mas eles não fazem parte da coligação de governo. Mesmo se o Executivo Sánchez começou as negociações com os independentistas catalães, os nacionalistas condicionaram a inclusão da questão da independência da Catalunha na aprovação da lei do orçamento.
Pedro Sánchez chegou ao poder na Espanha em junho de 2018, após a queda do governo do então primeiro-ministro Mariano Rajoy. Ele prometeu reduzir as tensões entre o governo central de Madri e os independentistas da Catalunha.
Eleições antecipadas
A rejeição da lei orçamentária abre o caminho para eleições antecipadas na Espanha. Uma data possível seria o dia 14 de abril, ou também junto com as eleições europeias em maio.
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